Governador de MG defende aplicação de câmeras na polícia, mas rejeita gravação contínua por questões de privacidade
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta 6ª feira (13.dez.2024) apoiar ao uso de câmeras corporais pela Polícia Militar, desde que a aplicação seja considerada “produtiva e adequada”. Ele se opôs às gravações ininterrupto dos dispositivos.
Em encontro com jornalistas em Belo Horizonte, Zema disse ter preocupação com o potencial constrangimento que a gravação contínua poderia causar, tanto para policiais quanto para cidadãos. Citou situações cotidianas que, em sua opinião, não deveriam ser gravadas, como conversas informais entre colegas ou momentos privados dentro de residências.
“Você parar com o colega para tomar um café, e a câmera gravar uma conversa pessoal, contar uma piada, a câmera vai estar gravando. Você ir ao banheiro. Entrar numa residência, que é um lugar privado, talvez perseguindo alguém, e está filmando, menores de idade também, o que não é recomendado”, declarou.
Essa visão é compartilhada por integrantes da Polícia Militar, que veem na gravação ininterrupta uma possível “invasão de privacidade” e um obstáculo à realização de acusações anônimas.