Montadora planeja fechar pelo menos três fábricas no país e cortar dezenas de milhares de empregos, levando 25 mil profissionais a participarem de uma manifestação na sede da empresa
A Volkswagen, uma das maiores montadoras do mundo, anunciou recentemente uma série de medidas drásticas em resposta à queda significativa de seus lucros, que atingiram o nível mais baixo desde a pandemia de Covid-19. No terceiro trimestre, o lucro operacional da empresa alemã caiu 42% em relação ao ano anterior, totalizando 2,860 bilhões de euros (cerca de R$ 17 bilhões). Essa situação alarmante levou a Volkswagen a propor uma redução de 10% nos salários de seus trabalhadores na Alemanha e a eliminação de bônus, como parte de um pacote de medidas para manter a competitividade e viabilizar futuros investimentos.
Além da redução salarial, a Volkswagen está planejando reestruturar o sistema de bônus para alguns funcionários, eliminar pagamentos complementares e implementar um acordo coletivo padronizado com condições de trabalho uniformes para todos os empregados. A empresa afirmou que não pode atender à demanda de um sindicato alemão por um aumento salarial de 7%, devido à crise no setor automotivo. A chefe do Conselho de Trabalhadores da Volkswagen na Alemanha, Daniela Cavallo, anunciou que a montadora planeja fechar pelo menos três fábricas no país e cortar dezenas de milhares de empregos.
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A notícia do fechamento das fábricas gerou uma reação significativa, levando 25 mil profissionais a participarem de uma manifestação na sede da empresa em Wolfsburg. Em seus 87 anos de existência, a Volkswagen nunca encerrou uma unidade em seu país de origem, tornando essa decisão um marco na história da montadora. A manifestação reflete a insatisfação e a preocupação dos trabalhadores com o futuro de seus empregos e a estabilidade econômica da região.
*Com informações de Bruno Meyer
*Com reportagem produzida com auxílio de IA