Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos disseram, nesta quinta-feira (26), que a análise de amostras do primeiro caso grave de gripe aviária no país, feita por eles na semana passada, mostrou mutações não vistas em amostras de um rebanho infectado no quintal da propriedade do paciente.
O CDC disse ainda que a amostra do paciente apresentou mutações no gene da hemaglutinina (HA) — parte do vírus que desempenha um papel fundamental na ligação dele às células hospedeiras. O órgão de saúde disse que o risco do surto para a população não mudou e continua baixo.
Na semana passada, os Estados Unidos relataram seu primeiro caso grave do vírus, em um homem de mais de 65 anos que sofria de doença respiratória grave e mora na Louisiana.
O paciente foi infectado com o genótipo D1.1 do vírus, que foi detectado recentemente em aves selvagens e aves domésticas nos EUA, e não com o genótipo B3.13, detectado em vacas-leiteiras, humanos e algumas aves domésticas em vários estados.
As mutações vistas no paciente são raras, mas foram relatadas em alguns casos de outros países e, mais frequentemente, durante infecções graves. Uma das mutações também foi vista em outro caso grave da Colúmbia Britânica, no Canadá.
Nenhuma transmissão do paciente na Louisiana para outras pessoas foi identificada até o momento, informou o CDC.
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