Francisco Wanderley Luiz entrou às 8h15 no Anexo 4, onde carro explodiu no estacionamento; a Casa afirma ter feito varreduras nos locais por onde ele passou
Imagens das câmeras de segurança da Câmara dos Deputados mostram que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que morreu depois de lançar explosivos contra o STF (Supremo Tribunal Federal), esteve na Casa horas antes das explosões.
Segundo nota divulgada pela Câmara, o homem entrou às 8h15 de 4ª feira (13.nov.2024) no Anexo 4, usou o banheiro e deixou o local. Pelas imagens, é possível ver que ele passou pelos detectores de metais, disponíveis em todas as entradas da Casa.
A Câmara disse que fez uma varredura em todos os locais que o autor das explosões esteve e “nada foi encontrado”.
Assista ao momento em que Francisco Wanderley Luiz entra no anexo 4 da Câmara (2min32s):
Nesta 5ª feira (14.nov), a PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) informou que encontrou outros 6 explosivos na Praça dos Três Poderes e no estacionamento do Anexo 4 da Câmara. O número se soma aos outros 2 dispositivos que foram acionados na noite de 4ª feira (13.nov).
A PMDF encontrou os outros explosivos em duas localidades:
- 4 na Praça dos Três Poderes próximo ao STF – 2 no cinto usado por Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões, 1 nas imediações do corpo e 1 extintor adaptado para explosão; e
- 2 no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
Os artefatos próximos ao Supremo foram desativados. Os 2 explosivos unidos ao cinto estavam com um timer e foram retirados por um robô. Um policial militar com traje antibomba removeu o cinto para evitar detonação e prejuízo na perícia do corpo.
Francisco Luiz, de 59 anos, morreu depois de uma explosão próxima à Estátua da Justiça. O corpo permaneceu no local por mais de 12 horas. Foi retirado pelo IML (Instituto Médico Legal) na manhã desta 5ª feira (14.nov), por volta das 8h50min.