“Verdadeira organização criminosa“, diz Padilha após prisão de Braga Netto


O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que as evidências colhidas pela Polícia Federal estão “chegando cada vez mais perto” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na manhã deste sábado (14), o general Braga Netto foi preso no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de estado.

“Evidências vão chegando cada vez mais perto do ex-presidente da República [Jair Bolsonaro]”, disse Padilha em entrevista à CNN.

O ministro acrescentou que “existia uma verdadeira organização criminosa contra a democracia, a partir do Palácio do Planalto do governo anterior”

Para Padilha, Bolsonaro tem uma responsabilidade política e histórica sobre os ataques às instituições democráticas. Fato que, segundo ele, incentivou pessoas a cometerem crimes.

“Eu não tenho dúvida nenhuma que isso vai trazendo mais evidências de que aquilo tudo que se debatia politicamente, sobretudo sobre o 8 de janeiro”, disse.

Sobre a prisão de Braga Netto neste sábado (14), Padilha afirmou que a Polícia Federal cumpriu os mandados “sem criar cenas de espetáculo”. O ministro afirmou que o papel do governo Lula, diante das investigações, é assegurar que as instituições tenham autonomia para atuar dentro do estado democrático de direito.

O ministro das Relações Institucionais ressaltou também que não se deve generalizar atitudes individuais de militares. Segundo a Polícia Federal, Braga Netto entregou dinheiro a um “kid preto” – militar das Forças Especiais do Exército – para financiar as ações para um golpe de estado.

“Se é verdade que tiveram militares diretamente envolvidos nesses crimes, também é verdade que militares que ocupavam um papel hierárquico muito grande, evitaram que esses crimes tivessem consequência”, afirmou.

Padilha afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está ciente de “tudo o que está acontecendo no país”. O chefe do Executivo está internado em São Paulo.



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