Cerca de 2.400 mil pessoas foram presas, entre elas mais de 100 adolescentes acusados de terrorismo; muitos foram enviados para prisões de segurança máxima
Autoridades da Venezuela informaram que mais de 500 indivíduos, dos mais de 2,4 mil detidos durante os protestos que se seguiram às eleições de julho, foram libertados. As manifestações eclodiram após a reeleição do presidente Nicolás Maduro, que foi contestada pela oposição, que alega que Edmundo González Urrutia foi o verdadeiro vencedor. Os confrontos resultaram em pelo menos 28 mortes e cerca de 200 feridos. Entre os dias 10 e 14 de dezembro, a Procuradoria-Geral da Venezuela anunciou a soltura de 179 prisioneiros, elevando o total de libertações para 533. No entanto, a ONG Foro Penal relatou que apenas 328 dessas liberações foram confirmadas.
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Dentre os detidos, mais de 100 eram adolescentes acusados de terrorismo, muitos dos quais foram enviados para prisões de segurança máxima. Familiares de alguns prisioneiros alegam que houve tortura. No início de dezembro, o Foro Penal contabilizou 1.905 presos políticos no país, a maioria detida após as eleições, com pelo menos 23 pessoas desaparecidas. Organizações de direitos humanos têm denunciado um padrão de repressão, onde os prisioneiros políticos são frequentemente utilizados como instrumentos de barganha em momentos de crise.
A detenção de Jesús Armas, que fazia parte da equipe de campanha da oposição, gerou reações negativas em nível internacional. O desaparecimento de Armas foi levado ao Tribunal Penal Internacional, que investiga a Venezuela por possíveis crimes contra a humanidade. Enquanto alguns países, como a Rússia, reconheceram a reeleição de Maduro, os Estados Unidos e o Parlamento Europeu apoiaram a reivindicação de González Urrutia como “presidente eleito”.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias