A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (19), a Operação Contragolpe contra uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022.
O plano incluía os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. Dentre os presos, quatro são militares do Exército — sendo três da ativa e um da reserva — e um é policial federal. Os militares das Forças Armadas integram o grupo conhecido como “kids pretos”.
Segundo a PF, os investigados cogitaram usar veneno para assassinar Lula e artefatos explosivos contra Moraes.
Veja a manifestação das autoridades sobre a operação
Flavio Bolsonaro (PL-RJ)
O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a operação nas redes sociais.
“Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um “gabinete de crise” integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam???”, começou.
“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, acrescentou.
O parlamentar ainda fez menção a um projeto de lei de sua autoria que propõe criminalizar o ato preparatório de crime, ressaltando que “hoje isso simplesmente não é crime”.
“Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”, finalizou.
Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um “gabinete de crise” integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam???
Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso…— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) November 19, 2024
Bia Kicis (PL-DF)
Nas redes sociais, a deputada federal e líder da minoria da Câmara, Bia Kicis (PL-DF), repercutiu a publicação de Flavio e citou Olavo de Carvalho para criticar a operação.
“Como ensinava o professor Olavo de Carvalho ‘ou vocês prendem os comunistas pelos crimes que eles cometeram ou eles o prenderão pelos crimes que vocês não cometeram’”, publicou no X (antigo Twitter).
Como ensinava o professor @opropriolavo , “ou vocês prendem os comunistas pelos crimes que eles cometeram ou eles o prenderão pelos crimes que vocês não cometeram https://t.co/8r8MMjlTxA
— Bia Kicis (@Biakicis) November 19, 2024
Carla Zambelli (PL-SC)
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SC) também comentou o post do senador, dizendo que “já não seguem a lei faz tempo”.
“E pior é quererem ver a montagem de cortinas de fumaça para tentar ligar isso ao nosso Presidente. É repugnante”, diz a publicação.
Já não seguem a lei faz tempo. E pior é quererem ver a montagem de cortinas de fumaça para tentar ligar isso ao nosso Presidente. É repugnante.
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) November 19, 2024
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, classificou o caso como “extremamente grave”.
“Hoje foram presos 4 militares e 1 policial que planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes na trama golpista. Um caso extremamente grave!”, escreveu no X.
“Foram reuniões conspiratórias, descrédito das urnas, desvio de dinheiro para organizar a ida de caravanas bolsonaristas para acampamentos em frente aos quartéis… Lembrem que os 5 são servidores públicos, com o conhecimento técnico-militar que aprenderam através do Estado, atentando contra a democracia e a vida. Esse foi o tamanho da nossa vitória em 2022. Sem anistia!”, complementou.
Hoje foram presos 4 militares e 1 policial que planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes na trama golpista. Um caso extremamente grave! Foram reuniões conspiratórias, descrédito das urnas, desvio de dinheiro para organizar a ida de caravanas bolsonaristas para acampamentos em…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) November 19, 2024
Randolfe Rodrigues (PT-AP)
O deputado federal Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do Governo no Congresso Nacional, falou em combater o “fascismo e a deliquência” usando meios legais.
“A Polícia Federal acaba de prender militares que, após o resultado das eleições de 2022, teriam planejado assassinar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, para concretizar um golpe de Estado. Eles faziam parte dos ‘kids pretos’, que também estavam envolvidos com o 8 de janeiro”, escreveu no X.
“O fascismo e a delinquência serão combatidos com a Lei e a Constituição. O antídoto ao ódio é o Estado Democrático. SEM ANISTIA!”, continuou.
A Polícia Federal acaba de prender militares que, após o resultado das eleições de 2022, teriam planejado assassinar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, para concretizar um golpe de Estado.
Eles faziam parte dos “kids pretos”, que também…
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) November 19, 2024
Guilherme Boulos (PSOL-SP)
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, citou uma “organização golpista muito bem articulada” e falou, sem citar nomes, em “prisão do líder”.
“A operação da PF que prendeu, hoje, um policial e quatro militares envolvidos no plano para matar Lula e dar um golpe de Estado no Brasil aponta para uma organização golpista muito bem articulada. A prisão do líder também é fundamental e urgente!”, escreveu em uma publicação no X.
A operação da PF que prendeu, hoje, um policial e quatro militares envolvidos no plano para matar Lula e dar um golpe de Estado no Brasil aponta para uma organização golpista muito bem articulada. A prisão do líder também é fundamental e urgente!
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) November 19, 2024