TV estatal russa mostra suspeito de assassinar general russo


A Rússia disse na quarta-feira (18) que deteve um cidadão do Uzbequistão que confessou ter plantado e detonado uma bomba que matou o tenente-general Igor Kirillov em Moscou um dia antes. O homem teria seguido instruções do serviço de segurança da Ucrânia.

Kirillov, que era chefe das Tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia, foi morto do lado de fora de seu prédio junto com seu assistente quando uma bomba escondida em uma scooter elétrica explodiu.

Ele foi o oficial militar russo de mais alta patente a ser assassinado dentro da Rússia pela Ucrânia. O serviço de inteligência da Ucrânia, que acusou Kirillov de ser responsável pelo uso de armas químicas contra tropas ucranianas, algo que Moscou nega, assumiu a responsabilidade pelo assassinato.

O Comitê Investigativo da Rússia, que investiga crimes graves, disse em um comunicado que o suspeito não identificado havia dito que tinha ido a Moscou para realizar uma missão para os serviços de inteligência da Ucrânia.

Em um vídeo da confissão publicado pelo meio de comunicação Baza, que é conhecido por ter fontes nos círculos policiais russos, o suspeito é visto sentado em uma van descrevendo suas ações.

Não ficou claro em que condições ele estava falando e a Reuters não pôde verificar imediatamente a autenticidade do vídeo.

Vestido com um casaco de inverno, o suspeito é mostrado dizendo que foi a Moscou por ordem dos serviços de inteligência da Ucrânia, comprou uma scooter elétrica e recebeu um dispositivo explosivo improvisado para executar o ataque meses depois.

Ele descreve como colocou o dispositivo na scooter elétrica que estacionou do lado de fora da entrada do prédio onde Kirillov morava.

Os investigadores o citaram dizendo que ele havia instalado uma câmera de vigilância em um carro alugado nas proximidades e que os organizadores do assassinato, que ele teria dito estarem baseados na cidade ucraniana de Dnipro, usaram a câmera para observar o que estava acontecendo.

No vídeo, o suspeito, que nasceu em 1995, é mostrado dizendo que detonou o dispositivo remotamente assim que Kirillov saiu do prédio.

Ele diz que a Ucrânia lhe ofereceu US$ 100.000 por sua participação no assassinato e residência em um país europeu.

Investigadores disseram que estavam identificando outras pessoas envolvidas no ataque e o jornal diário Kommersant relatou que outro suspeito havia sido detido. A Reuters não pôde confirmar isso de forma independente.



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