O presidente eleito Donald Trump reforçou seu plano de usar militares para deportar migrantes que entraram de forma irregular nos EUA e disse que usará o Exército “até o nível máximo permitido pela lei” para deportações.
A legislação dos EUA diz que os militares não podem ser usados para aplicar leis domésticas sem um ato do Congresso.
Trump disse à revista Time em uma entrevista publicada nesta quinta-feira (12), realizada no mês passado, que acredita que a imigração irregular para os EUA pode ser categorizada como “uma invasão do nosso país”.
O republicano disse que solicitaria o uso da Guarda Nacional e da polícia local para dar suporte aos esforços militares na deportação de migrantes.
Trump também sugeriu que pode construir novos centros de detenção para abrigar migrantes, mesmo enquanto negocia com outras nações para receber migrantes deportados, e novamente ameaçou aliados com tarifas se eles não concordassem em receber migrantes deportados dos EUA.
“O que for preciso para tirá-los. Não me importo. Honestamente, o que for preciso para tirá-los. Novamente, farei isso absolutamente dentro dos limites da lei, mas se precisar de novos centros [de detenção], mas espero que não precisemos de muitos porque quero tirá-los, e não quero que fiquem no centro pelos próximos 20 anos”, disse ele.
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“Eu os quero fora, e os países têm que levá-los de volta, e se eles não os levarem de volta, não faremos negócios com esses países, e iremos tributá-los substancialmente. Quando eles enviarem produtos, eles terão tarifas substanciais, e isso tornará muito difícil para eles fazerem negócios conosco”, ele continuou.
Trump reiterou sua promessa de não separar famílias com status de imigração misto, dizendo que “preferiria deportá-los juntos”.