Presidente eleito dos EUA criticou proposta que daria maior proteção a jornalistas contra violência e assédio on-line
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), pediu aos republicanos que rejeitem um projeto de lei bipartidário que daria aos jornalistas norte-americanos maior proteção sob o pretexto de liberdade de imprensa.
Em uma publicação no seu perfil da Truth Social, na 4ª feira (20.nov.2024), Trump escreveu: “OS REPUBLICANOS DEVEM MATAR ESTE PROJETO DE LEI!”.
Na publicação, Trump se refere a uma entrevista da CEO do Comitê de Proteção aos Jornalistas, Jodie Ginsberg, à emissora norte-americana PBS. Na ocasião, Ginsberg falou sobre “divisões políticas que ameaçam projeto de lei para proteger a liberdade de imprensa”.
No vídeo, a Ginsberg explica que a legislação bipartidária, apoiada pelo Comitê, visa a proteger os profissionais de “ameaças de violência e assédio on-line” que, segundo ela, “tornou-se rotina nos últimos anos”.
Depois da eleição de Trump em 5 de novembro, o Comitê havia emitido uma declaração alertando sobre um “clima hostil para a liberdade de imprensa” no 2º mandato do republicano.
A CEO também enfatizou sobre a dever dos jornalistas de manter as pessoas informadas e responsabilizar o governo quando necessário. “O projeto de lei que protege os profissionais de terem que revelar suas fontes ajudaria nesse esforço”.
Lei de imprensa
O Press Act, ou lei de imprensa, reportado à Câmara dos Representantes EUA em 12 de maio de 2023, visa a proteger jornalistas de espionagem governamental e outras interferências.
O projeto declara que o governo não deve obrigar jornalistas e provedores de serviços de telecomunicações a divulgar informações protegidas. Entre elas estão: identificação de fontes, conteúdos da comunicação, documentos ou informações obtidas no curso de seu trabalho. Há exceção para circunstâncias especiais, como prevenção de terrorismo ou violência iminente.