A jornalista e ex-senadora Ana Amélia Lemos e o advogado Vitor Marques discutiram, nesta segunda-feira (6), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se a troca de comando nos ministérios pode ajudar a sanar problemas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como apurou a âncora da CNN Tainá Falcão, Lula deve confirmar uma mudança nos próximos dias para a vaga de ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) — o publicitário Sidônio Palmeira no lugar do atual ministro, Paulo Pimenta.
Enquanto isso, aliados do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendem uma reforma ministerial mais ampla, com o intuito de resolver uma possível irregularidade interna do governo e melhorar a articulação política entre os Poderes.
Ainda segundo apuração da CNN, as primeiras trocas devem acontecer dentro do Palácio do Planalto e só depois serem estendidas para os ministérios.
Para Vitor Marques, as trocas de ministros parecem ter relação com as mudanças nas presidências da Câmara e do Senado, que também acontecem em fevereiro.
“Uma possível minirreforma ministerial tem mais a ver com essa mudança da Câmara e do Senado, que vai reorganizar as forças políticas e que exigirá uma composição que dê conta de seguir aprovando os projetos no Congresso Nacional”, disse Marques.
“Esse governo, por ser um governo de centro-esquerda, ele tem um desafio de ampliar a sua composição democrática rumo ao centro para se preparar para a eleição de 2026”, prosseguiu.
Já para Ana Amélia, as mudanças nas pastas podem resolver parcialmente os problemas, mas “não é o essencial”.
“O essencial é a proposta que o governo tem. Não adianta mudar o mensageiro e não mudar a mensagem”, disse a ex-senadora.
“Mudar a equipe ministerial terá significado político, para ajudar o governo, nas questões de relacionamento com o Congresso Nacional. Mas ela não resolve a percepção para a sociedade de um governo eficiente”, finalizou.