Milhares de trabalhadores da Amazon nos Estados Unidos encerraram a greve contra a empresa, iniciada na véspera do Natal, informou na tarde de quinta-feira (26) o sindicato Teamsters, que representa cerca de 10 mil trabalhadores da empresa.
“Não se engane, o Teamsters nunca vai desistir e os trabalhadores nunca vão parar de lutar por seus direitos na Amazon”, disse o sindicato em um comunicado. A mobilização da categoria começou na quinta-feira (19) em protesto por melhorias salariais, após a recusa da direção da Amazon em negociar com o sindicato Amazon Labor Union (ALU), afiliado ao Teamsters (IBT) desde junho.
Os Teamsters realizaram protestos do lado de fora de pelo menos 200 instalações em todo o país, enquanto a greve dos trabalhadores atingiu nove unidades da empresa em Nova York, Atlanta, Califórnia e Illinois, de acordo com o sindicato. O movimento envolve os funcionários afiliados à ALU e também motoristas terceirizados.
Apesar de usarem uniformes, dirigirem veículos da empresa para entrega exclusivamente de suas mercadorias, a Amazon não considera os motoristas como funcionários e se refere a eles como “parceiros de serviços de entrega”, contratados por meio de empresas terceirizadas independentes.
Os trabalhadores de Staten Island votaram a favor da representação pelo Sindicato dos Trabalhadores da Amazon em abril de 2022. No entanto, embora o National Labor Relations Board tenha certificado o resultado da votação, a Amazon continua a contestá-lo no tribunal. A Amazon também não reconhece a votação dos membros do sindicato para deixar de ser representada pela ALU e passar a ser afiliada ao Teamsters no início deste ano tenha sido legalmente vinculante.
No ano passado, a Amazon registrou um lucro líquido de US$ 30 bilhões (R$ 185,5 bilhões na cotação atual) sobre uma receita de 575 bilhões (R$ 3,5 trilhões na cotação atual).
*Com CNN e AFP
Edição: Leandro Melito