Entre janeiro e setembro deste ano, a temperatura média do ar já estava 1,54°C acima dos níveis pré-industriais
Na abertura da COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, a ONU emitiu um alerta sobre a grave ameaça aos objetivos do Acordo de Paris. Um relatório recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta que 2024 pode se tornar o ano mais quente já registrado, superando as temperaturas de 2023. Entre janeiro e setembro deste ano, a temperatura média do ar já estava 1,54°C acima dos níveis pré-industriais. Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, enfatizou que eventos climáticos extremos, como chuvas intensas, inundações, ciclones mais fortes, calor excessivo, secas e incêndios florestais, tornaram-se uma nova realidade. O observatório Copernicus também corroborou essa previsão, indicando que 2024 deve ser o ano mais quente da história, com a temperatura anual ultrapassando a marca de 1,5°C.
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O Acordo de Paris, que foi adotado em 2015, tem como meta limitar o aumento da temperatura global a 2°C, com esforços para que esse limite seja de apenas 1,5°C. Apesar da média de 1,54°C registrada até agora em 2024, a meta mais ambiciosa ainda não é considerada um fracasso, uma vez que a avaliação deve ser feita com base em uma média de 20 anos. A COP29, que se estenderá até o dia 22 de novembro, tem como foco principal a definição de uma nova meta global para o financiamento climático. Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, ressaltou que o financiamento para o combate às mudanças climáticas é uma preocupação que deve envolver todos os países, incluindo as nações mais ricas. Ele também defendeu a necessidade de reformar o sistema financeiro global e regular o mercado de carbono.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA