A Blockbuster, rede de locadoras de filmes e videogames, pode estar voltando após quase uma década de encerramento das atividades. As especulações começaram nas redes sociais devido à atualização em seu site, que diz: “Estamos trabalhando para rebobinar seu filme”.
Além disso, no dia 15 de março, a empresa brincou em tuíte: “Nova ideia de negócio: vamos voltar como banco e usar VHS e DVDs como moeda. Hora de ir visitar sua mãe”.
New business idea: We’re going to come back as a bank and use VHS and DVDs as currency. Time to go visit your mom.
— Blockbuster (@blockbuster) March 15, 2023
As mensagens enigmáticas foram recebidas com grande empolgação pelos fãs da marca, que começaram a especular um possível retorno da Blockbuster.
Tecnicamente, a marca nunca deixou de existir: embora a maioria de suas lojas tenha fechado, a empresa foi comprada pela Dish Network em 2011. Além disso, há uma última loja em Oregon, nos Estados Unidos, que se apresenta como “a última Blockbuster”.
A CNN entrou em contato com a Dish Network sobre um possível retorno da marca, mas até a publicação da matéria não obteve resposta.
Histórico da Blockbuster
A empresa foi fundada em 1985 por David P. Cook no Texas, Estados Unidos. Ela chegou a ser a maior rede de locadora de filmes e videogames do mundo: em seu auge, ela teve mais 9 mil lojas espalhadas pelo mundo e 70 milhões de associados.
No início dos anos 2000 começa sua decadência: segundo a Forbes, entre 2003 e 2005, a empresa perdeu 75% de seu valor de mercado. Em 2011, a Blockbuster decretou falência, à medida que tentava quitar US$ 1 bilhão em dívidas. No mesmo ano, foi comprada pela Dish Network, em um acordo de US$ 320 milhões.
Em 2014, todas as lojas da marca foram fechadas — menos a loja em Oregon, que permanece até hoje. “Esta não é uma decisão fácil, mas o consumidor agora opta claramente por ferramentas de distribuição digital de entretenimento em vídeo”, disse Joseph Clayton, CEO da Dish Network, na época.
A fala do presidente reflete o motivo central pelo qual a empresa foi à falência: a chegada dos serviços de streaming como Netflix e Hulu reduziu drasticamente a popularidade da marca.
Inclusive, o cofundador da Netflix, Marx Randolph, escreveu em seu livro That Will Never Work (Isso Nunca Vai Funcionar, em inglês) que a Blockbuster cogitou adquirir a empresa por US$ 50 milhões em 2000, mas desistiu do negócio.
No Brasil, a empresa foi comprada pelas Americanas em 2007, em um negócio de R$ 186,2 milhões. Na época, haviam 127 lojas espalhadas pelo país. Com o tempo, a marca foi adquirindo o formato da Americanas Express.
*Sob supervisão de Ana Carolina Nunes
Compartilhe: