Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) chegaram à sede da TV Bandeirantes na capital paulista faltando pouco menos de uma hora para o início do debate.
O encontro, realizado na noite desta segunda-feira (14), é o primeiro entre os postulantes ao comando da capital paulista a partir de 2025.
Em comum, ambos falaram sobre o apagão que atinge a capital paulista desde a noite da última sexta-feira (11).
Candidato do PSOL
Boulos foi o primeiro a chegar, por volta das 21h45. Ele estava acompanhado por sua candidata a vice, Marta Suplicy (PT).
O candidato do PSOL destacou o apagão na cidade de São Paulo e disse que “500 mil pessoas não poderão assistir ao debate por estarem sem luz em suas casas por três dias”. Boulos aproveitou o comentário para fazer um ataque a seu oponente, dizendo que Nunes seria um “prefeito omisso, que não assume suas responsabilidades, que não fez a lição de casa”. Ele indicou que, se eleito, vai atuar para tirar a concessão da Enel, empresa responsável pelo serviço de energia na capital paulista.
Sobre o debate, o candidato disse que falará sobre saúde e educação, mas que é preciso abordar a questão de falta de energia por “respeito às pessoas”. E comentou que espera passar a mensagem de que a população tem dois caminhos nesta eleição.
“Quem acha que a cidade tem que ficar para mudar, quem acha que está tudo bem na saúde, no transporte público, na maneira como a prefeitura lida com eventos como foi esse apagão, concorda com o meu adversário. Quem acredita que a cidade tem que mudar pode mais, merece muito mais que isso, está comigo e está com a Marta Suplicy”, finalizou.
Candidato do MDB
Já Nunes chegou pouco depois das 22h. Ele estava acompanhado pelo presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e por seu marqueteiro, Duda Lima, além de seu candidato a vice, Mello Araújo (PL).
Candidato à reeleição, Nunes também comentou a respeito do apagão, e disse que “é importante trazer esse tema, uma vez que a concessão, regulação, fiscalização da Enel é do governo federal”.
Ele rebateu as críticas de Boulos sobre uma “falta de ação” sobre a falta de energia na cidade, e disse que a população não quer saber de desculpas. Segundo Nunes, a atual lei prevê que só o governo federal tem poderes sobre a concessão. “Nós estamos de mãos amarradas. Não temos o que fazer porque a legislação federal não permite e o contrato da Enel não permite”.
Sobre o debate, o candidato disse ter uma expectativa otimista sobre o encontro, “falando das propostas, falando do futuro da nossa cidade, do futuro de 12 milhões de pessoas”.
Saiba como será o debate
Início
Na primeira participação no debate, cada candidato terá dois minutos para responder uma questão feita pela produção.
Confronto
Na sequência, cada um dos candidatos terá um banco de tempo de 12 minutos para utilizar à vontade e interagir com o adversário.
Será permitido circular pelo cenário, mas os candidatos devem evitar gestos bruscos ou reações que atrapalhem o oponente.
Perguntas de jornalistas
No segundo bloco, quatro jornalistas do Grupo Bandeirantes fazem perguntas, de forma intercalada, aos candidatos, com três minutos para resposta e réplica. O oponente terá um minuto para comentar a resposta do adversário.
Novo confronto
A fase final do debate começa com outro enfrentamento direto, com mais 12 minutos disponíveis para cada candidato utilizar como quiser.
Encerramento
Em seguida, Nunes e Boulos terão dois minutos para suas últimas colocações a partir dos cinco assuntos pesquisados com frequência ao longo da disputa com base nas informações da Sala Digital Band Google.
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