O texto, proposto pelo Reino Unido e Serra Leoa, contou com o apoio de 14 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança
A Rússia vetou na 2ª feira (18.nov.2024) uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que propunha um cessar-fogo imediato no Sudão. O texto, proposto pelo Reino Unido e Serra Leoa, contou com o apoio de 14 dos 15 integrantes do Conselho.
A resolução rejeitada pela Rússia, pedia o cessamento imediato das hostilidades e o início de um diálogo para um cessar-fogo nacional. Enfatizava a proteção dos civis, o estabelecimento de pausas humanitárias e o acesso seguro à ajuda humanitária. Também pedia medidas urgentes para acabar com a violência sexual como tática de guerra.
O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, criticou a decisão da Rússia. “O veto russo é uma desgraça”, disse. Afirmou ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, “usa mercenários para espalhar o conflito e a violência por todo o continente africano”.
Dmitry Polyanskiy, embaixador adjunto da Rússia na ONU, defendeu o veto. Argumentou que a resolução impunha “um falso entendimento sobre quem tem a responsabilidade de proteger os civis e quem deve tomar a decisão de convidar forças estrangeiras para o Sudão”.
Iniciado em abril de 2023, o conflito no Sudão, envolve as SAF (Forças Armadas do Sudão) e as RSF (Forças de Suporte Rápido). Já resultou em pelo menos 20.178 mortes, segundo o Acled (Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos).
Dados das Nações Unidas, apontam que mais de 25,6 milhões de sudaneses passam fome no país. Enquanto 8 milhões são deslocados internos e 2,3 milhões de pessoas também foram forçadas a fugir.
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