Rússia pede aos cidadãos que não viajem aos EUA e à UE


O ministério das Relações Exteriores disse que os russos podem ser “caçados” por autoridades do Ocidente

A porta-voz das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, pediu aos cidadãos russos que não viajem para os Estados Unidos e seus aliados, como os países que integram a UE (União Europeia) e o Canadá. Em fala a repórteres na 4ª feira (11.dez.2024), Zakharova disse que os russos podem ser “caçados” por autoridades ocidentais.

“Viagens aos Estados Unidos da América, em particular ou por necessidade oficial, estão repletas de riscos graves”, disse a porta-voz.

Segundo o governo russo, a recomendação se dá pela relação “à beira da ruptura” entre Rússia e EUA. O Canadá e países da UE deveriam ser evitados por serem “satélites” dos norte-americanos.

“Pedimos que você continue a se abster de viagens aos Estados Unidos e seus Estados satélites aliados, incluindo, em 1º lugar, o Canadá e, com algumas exceções, os países da União Europeia, durante as festas de fim de ano”, afirmou Zakharova.

Em contrapartida, os EUA também não recomendam viagens de norte-americanos à Rússia, visto que “eles podem enfrentar assédio ou detenção por autoridades de segurança russas”.

O governo de ambos os países acusam um ao outro de deterem cidadãos com base na nacionalidade.

EUA E RÚSSIA

A relação entre os 2 países piorou com o início da guerra na Ucrânia em 2022. O aumento do conflito levou a acusações de ambas os lados sobre possíveis crimes de guerra por parte da Rússia.

Os Estados Unidos, que apoiam o governo ucraniano militar e financeiramente, pediram em 2023 que seus cidadãos deixassem a Rússia pelo riscos que envolviam a continuidade da guerra.

“Este é um desejo maníaco de prolongar a agonia do regime de Kiev, do próprio [presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy] e de todos esses acordos corruptos que o regime Biden criou em torno da situação na Ucrânia”, disse Zakharova ao falar dos repasses dos EUA à Ucrânia.

O ponto mais crítico da relação entre os países foi em novembro, quando os EUA autorizaram a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance contra a Rússia. Em resposta, o governo do presidente Vladimir Putin flexibilizou políticas para o uso de armas nucleares russas.





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