Apesar da grande quantidade de publicações impressas descontinuadas, ainda há espaço para veículos de mídia explorarem o formato entre leitores interessados em apreciar um produto de alto padrão.
Em artigo publicado em outubro na revista Bloomberg Businessweek, a jornalista Amanda Mull destrincha os aspectos que mantêm o apelo da mídia impressa em meio ao crescimento dos formatos digitais.
É fato que hoje em dia há bem menos opções de produtos impressos do que no passado. A Condé Nast, que já foi uma das mais poderosas editoras de revistas no mundo, hoje tem apenas 13 títulos. Muitas das publicações que resistiram tiveram de mudar seu modelo de negócios já que a publicidade migrou em peso para o online.
Sports Illustrated e Vice são alguns dos exemplos que resolveram retornar às bancas. Títulos como The Atlantic, The New Yorker, Vanity Fair e Vogue nunca as deixaram.
“Pode parecer contraintuitivo, mas faz mais sentido ao lembrar que as pessoas nunca pararam de gostar de revistas, mesmo quando a economia de produzi-las se tornou mais precária”, escreve a jornalista.
Quase metade do total de assinantes da The Atlantic —mais de 1 milhão de pessoas— opta por receber entre 10 e 12 edições impressas por ano. O dado foi compartilhado pelo editor-chefe da revista, Jeff Goldberg, em entrevista à CNN.
Um dos aspectos que explicam esse interesse é que revistas impressas são produtos de lazer pensados, produzidos e entregues diretamente aos leitores, sem intermediários tecnológicos. Ou seja, não há um algoritmo responsável pela curadoria do que vai ser consumido.
Histórias longas investigativas e fotografias originais feitas com tempo e bom orçamento são formatos de sucesso desses veículos.
A impressão segue sendo valiosa para alguns anunciantes e editores. “As revistas não estão mortas, mas, como o editor-chefe da Interview, Mel Ottenberg, recentemente disse, elas são um ‘item de luxo’.”
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