O ano de 2024 foi marcado por avanços significativos e desafios nas áreas de Tecnologia da Informação (TI), cibersegurança e proteção de dados. A seguir, levantamos os 20 acontecimentos relevantes que moldaram o cenário tecnológico:
- Inteligência artificial na cibersegurança: a aplicação de IA e aprendizado de máquina tornou-se fundamental na detecção e prevenção de ameaças cibernéticas, permitindo análises avançadas de dados e respostas mais ágeis a incidentes.
- Aumento de ataques cibernéticos com IA: cibercriminosos passaram a utilizar IA para criar ataques mais sofisticados, como campanhas de phishing personalizadas e malware adaptável, elevando o nível de complexidade das ameaças.
- Expansão da Internet das Coisas (IoT): o crescimento exponencial de dispositivos conectados ampliou a superfície de ataque, destacando a importância de protocolos de segurança robustos para proteger redes e dados sensíveis.
- Transição para chaves de acesso: organizações começaram a substituir senhas tradicionais por chaves de acesso, adotando padrões como o FIDO, visando aumentar a segurança e simplificar a autenticação dos usuários.
- Computação quântica e criptografia pós-quântica: avanços na computação quântica impulsionaram a necessidade de desenvolver métodos de criptografia resistentes a essa tecnologia, garantindo a proteção de dados em um futuro próximo.
- Adoção de arquiteturas zero trust: empresas implementaram modelos de segurança baseados no princípio de “nunca confiar, sempre verificar”, fortalecendo a proteção contra acessos não autorizados e movimentos laterais de ameaças.
- Regulamentações rígidas de proteção de dados: governos ao redor do mundo intensificaram as regulamentações relacionadas à privacidade e proteção de dados, exigindo das empresas maior conformidade e transparência no tratamento de informações pessoais.
- Soluções de segurança para dispositivos móveis: com o aumento do trabalho remoto e do uso de dispositivos pessoais para fins profissionais, houve um foco maior em proteger smartphones e tablets contra ameaças cibernéticas.
- Crescimento do ransomware como serviço (RaaS): modelos de negócios ilícitos ofereceram ferramentas de ransomware prontas para uso, facilitando a realização de ataques por indivíduos com pouco conhecimento técnico.
- Educação e treinamento em cibersegurança: organizações investiram em programas de capacitação para funcionários, visando aumentar a conscientização sobre ameaças cibernéticas e promover práticas seguras no ambiente digital.
- Vazamentos de dados em alta escala: relatórios indicaram um aumento significativo nos vazamentos de dados, com bilhões de registros expostos, ressaltando a necessidade de medidas de segurança mais eficazes.
- Ataques a infraestruturas críticas: houve um crescimento nos ataques cibernéticos direcionados a infraestruturas críticas, como redes de energia e sistemas de saúde, evidenciando vulnerabilidades em setores essenciais.
- Seguros de cibersegurança em ascensão: com o aumento das ameaças digitais, mais empresas buscaram seguros específicos para cibersegurança, visando mitigar possíveis perdas financeiras decorrentes de ataques.
- Desafios na segurança da computação em nuvem: a adoção crescente de serviços em nuvem trouxe à tona preocupações com a segurança dos dados armazenados, levando empresas a reforçarem suas políticas de proteção.
- Phishing e engenharia social evoluídos: ataques de phishing tornaram-se mais sofisticados, utilizando técnicas avançadas de engenharia social para enganar usuários e obter informações confidenciais.
- Escassez de profissionais de cibersegurança: A demanda por especialistas em cibersegurança superou a oferta, criando um déficit de profissionais qualificados no mercado.
- Ataques a dispositivos de Internet das Coisas (IoT): dispositivos IoT foram alvos frequentes de ataques, devido a vulnerabilidades em sua segurança, comprometendo redes inteiras.
- ‘Desclaudilização’ dos dados: em virtude das leis de proteção de dados, diversas empresas foram obrigadas a questionarem onde os dados estão sendo armazenados, pois uma vez que cada vez mais dados tornam-se ativos de segurança empresarial e nacional, armazenar dados em datacenters ou países não confiáveis, tem se tornado um risco para a continuidade dos negócios. Por causa disso, as empresas estão optando por trazer novamente o processamento e armazenamento dos dados para dentro de seus ambientes computacionais.
- Angola torna-se referência na África sobre proteção de dados: No primeiro semestre de 2024, aconteceu em Luanda, Angola, o ANGOTIC-2024, que reuniu os líderes globais de cibersegurança e proteção de dados trazendo os mais avançados temas para o continente africano, trazendo destaque para a Agencia de Protecção de Dados (APD) de Angola na liderança do tema. A Associação de Profissionais de Privacidade de Dados do Brasil (APDADOS.org) esteve presente a convite do Ministro de Telecomunicações de Angola e colaborou com a transferência de conhecimento no tema.
- ANPD inicia fiscalizações das empresas sem DPO/Encarregado de Proteção de Dados: mais de 20 empresas no Brasil foram fiscalizadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados por não terem o nome do Data Protecion Officer (DPO) nomeados em seus sites, colocando em risco tanto a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados, como o aumento das possibilidades de ataques hackers.
- Para saber os acontecimentos específicos sobre a LGPD que impactaram o ano de 2024, consulte https://apdados.org/notícias.
Ainda nesse ano 2024, também foi marcado por inovações tecnológicas que transformaram diversos setores e impactaram significativamente a sociedade. A seguir, também destacamos dez lançamentos que se destacaram:
- Apple Vision Pro: a Apple lançou o Vision Pro, um dispositivo de realidade aumentada que integra o digital ao ambiente físico, prometendo transformar a maneira como interagimos com a tecnologia.
- Modelos de inteligência artificial avançados: ferramentas como o GPT-4 da OpenAI e o DALL-E 3 alcançaram novos patamares, permitindo a criação de conteúdos com precisão impressionante, revolucionando setores como marketing, design e entretenimento.
- Computadores de Exaescala: o desenvolvimento de computadores capazes de processar um quintilhão de operações por segundo expandiu os limites do que os cientistas podem simular, acelerando pesquisas em diversas áreas.
- Células solares super-eficientes: a combinação de silício com perovskitas resultou em células solares com eficiência recorde, potencializando a geração de energia limpa e sustentável.
- Bombas de calor avançadas: novas bombas de calor elétricas, mais eficientes e sustentáveis, começaram a substituir sistemas tradicionais de aquecimento e resfriamento, contribuindo para a descarbonização de edificações.
- Sistemas geotérmicos aprimorados: avanços em técnicas de perfuração permitiram a exploração de energia geotérmica em locais antes inviáveis, ampliando o acesso a essa fonte limpa e constante de energia.
- Chiplets: a adoção de chiplets, pequenos blocos de circuitos integrados que podem ser combinados de diversas formas, revolucionou o design de processadores, permitindo maior flexibilidade e desempenho.
- Dispositivos de realidade mista: Além do Vision Pro, outras empresas lançaram dispositivos que combinam realidade virtual e aumentada, expandindo as possibilidades de interação em ambientes digitais e físicos.
- Tecnologias de edição genética: tratamentos baseados em CRISPR avançaram, oferecendo soluções para doenças genéticas e abrindo caminho para terapias personalizadas.
- Veículos autônomos de próxima geração: novos modelos de carros autônomos foram lançados, incorporando tecnologias avançadas de IA e sensores, prometendo maior segurança e eficiência no transporte.
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