“Ainda que o cenário externo para 2025 seja de enorme incerteza, naquilo que depende apenas de nós, há razões para manter a chama acesa e acreditar que é possível construir paulatinamente um futuro melhor para os açorianos”, declara Pedro Catarino na sua mensagem de Ano Novo.
De acordo com o responsável político, com uma sociedade civil “mais dinâmica, um tecido empresarial mais empreendedor e com o apoio de políticas públicas coerentes e estáveis, é possível construir uma região mais justa e solidária, reduzindo as desigualdades e o risco de pobreza, melhorando a qualidade das respostas sociais, e aumentando o rendimento disponível dos trabalhadores e dos empresários”.
Pedro Catarino diz que, “por diferentes motivos, os últimos anos têm sido particularmente difíceis, um pouco por toda a parte”.
“Mas, ainda assim, há boas razões para ter esperança de que, apesar das dificuldades e das incertezas, é possível construir um futuro melhor, se para tanto nos mantivermos unidos em torno daqueles que são os nossos valores fundamentais”, sustenta.
Segundo o representante da República, apesar das adversidades de origem externa, “a fidelidade aos valores da democracia e do Estado de Direito tem mantido a União Europeia, Portugal e os Açores no caminho certo”.
Tem-se defendido a “saúde dos mais frágeis da sociedade”, apostado no “subsequente esforço de recuperação da economia, na promoção da qualidade de vida das pessoas e das famílias e na defesa das vítimas do expansionismo”.
Para Pedro Catarino, os processos democráticos “são por regra lentos, exigentes e implicam compromissos que nem sempre se conseguem alcançar”.
“Porque frequentemente os resultados tardam em chegar, as instituições democráticas têm de saber conviver com a impaciência, a frustração e o descontentamento de alguns grupos de cidadãos, mais ou menos alargados, que se sentem desconsiderados, esquecidos, abandonados à sua sorte. Grupos que ora se desinteressam da vida política, engrossando a abstenção, ora usam o seu voto como forma de protesto”, salvaguarda.
O responsável político considera que “só a democracia proporciona a todos o direito a fazerem ouvir a sua voz, em plena liberdade e sem temer pelas consequências” e só ela conseguirá “promover uma coesão social que una todos”.
Pedro Catarino afirma que “é fundamental, em todo o caso, que os governantes tenham a humildade democrática de ouvir os ecos de descontentamento” e que, “reconhecendo as suas insuficiências, ofereçam uma resposta credível àqueles que sentem a tentação de procurar movimentos mais vincadamente populistas”.
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