O histórico relógio trazido ao Brasil por dom João VI, danificado durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, chegou a Brasília nesta terça-feira (7) após passar por restauração na Suíça.
A peça do século 17 ficava exposta no Palácio do Planalto, invadido e depredado há dois anos.
Os reparos do objeto na Europa foram realizados ao longo de 2024 pela Audemars Piguet, uma das mais tradicionais fabricantes de relógios do mundo. Os custos do serviço ficaram por conta do governo suíço.
Evento
Em ato para relembrar os dois anos das invasões às sedes dos Três Poderes, o governo federal deve reapresentar nesta quarta-feira (8) 21 obras que foram restauradas, como uma ânfora portuguesa, o quadro “As mulatas”, de Di Cavalcanti, e o próprio relógio do século 17.
No ano passado, o evento em memória do 8 de janeiro nomeado “Democracia Inabalada” foi realizado no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Neste ano, o ato convocado por Lula será realizado em meio a atritos recentes entres os Poderes envolvendo a regulamentação de emendas parlamentares, além da análise na Câmara de um projeto de anistia para condenados por participarem do ataques de 8 de janeiro.
Ato no STF
De tarde, às 14h, o Supremo promoverá uma roda de conversa em memória ao 8 de janeiro com servidores e colaboradores que atuaram na limpeza e reconstrução das instalações depredadas, além da restauração das obras destruídas durante a invasão.
O vice-presidente do Supremo, no exercício da Presidência, ministro Edson Fachin, abrirá o encontro. O magistrado também receberá, às 15h30, obras de arte, produzidas com destroços da invasão, de quatro artistas plásticos de Brasília.
*Com informações de Isabel Mega, da CNN, em Brasília