Reflorestamento com biodiversidade: novo padrão global para projetos sustentáveis


Apresentado durante a COP16 , a meta é assegurar não apenas captura decarbono, mas também promover a vida nativa e a diversidade biológica

EFE/arquivo/Marcelo SayãoDesmatamento na Amazônia - floresta amazônica - amazonas
Um dos principais desafios enfrentados é a disponibilidade de mudas nativas, especialmente aquelas que pertencem a espécies clímax, que são mais difíceis de reproduzir

A crescente implementação de projetos de reflorestamento com o objetivo de mitigar a emissão de carbono tem se tornado uma tendência, mas muitas vezes esses projetos não consideram a biodiversidade. Um levantamento realizado pela ONG Social Carbon Foundation indicou que apenas 12% das iniciativas de reflorestamento utilizam dez ou mais espécies nativas, enquanto 32% se baseiam exclusivamente em espécies exóticas. Para enfrentar essa questão, o Botanic Gardens Conservation International (BGCI) introduziu o Padrão Global de Biodiversidade (TGBS). Este padrão foi apresentado durante a COP16 da Biodiversidade, realizada em Cali, na Colômbia, e tem como meta assegurar que os projetos de reflorestamento não apenas capturem carbono, mas também promovam a vida nativa e a diversidade biológica.

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No Brasil, o Jardim Botânico Araribá (JBA) se uniu ao BGCI para implementar o TGBS. A instituição ressalta que muitos projetos de reflorestamento tendem a utilizar principalmente espécies pioneiras, que não garantem a sustentabilidade da floresta e a manutenção da biodiversidade. A certificação TGBS busca assegurar que as práticas de plantio sejam eficazes na proteção e restauração da biodiversidade local.

Um dos principais desafios enfrentados é a disponibilidade de mudas nativas, especialmente aquelas que pertencem a espécies clímax, que são mais difíceis de reproduzir. O TGBS pode contribuir para o desenvolvimento de um ciclo sustentável de produção de mudas em viveiros, além de conferir credibilidade a governos e empresas que investem em projetos de reflorestamento. O Jardim Botânico Araribá está preparado para aplicar o TGBS em diferentes biomas do Brasil. O BGCI, por sua vez, já firmou parcerias em diversos países com o intuito de promover a biodiversidade em projetos de reflorestamento, reforçando a importância de integrar a conservação da biodiversidade nas iniciativas de recuperação ambiental.

publicado por Patrícia Costa

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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