Arqueologia, assim como antropologia, história e sociologia, é um campo da ciência fundamental para o entendimento das culturas do passado. Os objetos de estudo desta ciência são os vestígios deixados pelos povos antigos. O consenso científico — sempre passível de mudanças em função das descobertas — estabelece que os nossos primeiros ancestrais surgiram há seis milhões de anos. Contudo, não há um consenso sobre qual é o sítio arqueológico mais antigo do mundo.
À revista científica Live Science, os especialistas afirmam que há, pelo menos, dois pontos na Terra que abrigam locais com potencial de ser os mais antigos depositórios arqueológicos existentes, e ambos estão localizados na África: Quênia e Etiópia.
No Quênia, o primeiro sítio está localizado na região de Turkana, trata-se do sítio arqueológico Lomekwi 3. Neste local foram descobertos ossos de hominídeos e artefatos de pedra. De acordo com um artigo publicado na revista científica Nature em 2015, o sítio foi datado em cerca de 3,3 milhões de anos. Os utensílios encontrados no local teriam pertencido aos Australopithecus afarensis.
Na Etiópia, o local que concorre pelo título de sítio arqueológico mais antigo do mundo fica às margens do rio Kada Gona, na depressão de Afar. Ferramentas de pedra feitas pelos Australopithecus garhi, que teriam vivido na região há cerca de 2,5 milhões de anos, foram descobertas pelos arqueólogos juntamente com material fossilizado. Há ainda outro local na Etiópia que disputa o título: Ledi-Geraru. Neste sítio, os cientistas encontraram fragmentos de uma mandíbula humana com cerca de 2,8 milhões de anos. A despeito de qual destes sítios seja o mais antigo do mundo, todos eles fazem as pirâmides de Gizé (4,5 mil anos) e Stonehenge (5 mil anos) parecerem construções recentes.