A Polícia Civil de São Paulo deflagrou a “Operação Tatu Canastra” para desarticular um grupo criminoso responsável pelo vazamento de dados de cerca de 120 milhões de brasileiros. A investigação, que se estendeu por um ano, revelou que os criminosos têm acesso a informações de servidores de Tribunais de Justiça, 170 mil dados de servidores do Rio de Janeiro, além de bancos de dados de autarquias previdenciárias, concessionárias de telefonia e prefeituras.
Os suspeitos, sete até o momento, comercializam dados de bancos digitais e empresas de telefonia, utilizando técnicas de enriquecimento de dados para aumentar o valor de mercado. Os clientes do grupo incluem empresas de telemarketing, profissionais liberais, empresários e criminosos que utilizam os dados para lavagem de dinheiro, evasão de divisas e golpes digitais.
A operação conta com nove mandados de busca e apreensão em cidades como São Paulo, Campinas (SP), Praia Grande (SP), Bauru (SP), Taubaté (SP), Londrina (PR) e Uraí (PR). Os crimes investigados incluem associação criminosa, invasão de dispositivo informático e violação de privacidade.
Golpistas usam engenharia social para enganar vítimas
Os criminosos utilizavam técnicas de manipulação para convencer pessoas a transferir dinheiro. Eles entram em contato via ligação ou SMS, simulando cobranças ou movimentações bancárias, gerando pânico e confiança.
Segundo o delegado Everson Contelli, que está a frente das investigações, os golpistas induzem as vítimas a acreditar estar em “apuros” e, após ganhar confiança, desviam valores das contas. Em um dos casos, o idoso recebeu uma ligação falsa sobre uma conta atrasada em um supermercado. Após uma longa conversa, os criminosos o convenceram a realizar transferências. Só após a esposa dele descobrir o erro, o golpe foi revelado.
Para evitar cair nesse golpe:
Prevenção
1. Desconfie de ligações e mensagens urgentes.
2. Verifique informações antes de agir.
3. Não forneça dados bancários.
4. Comunique-se diretamente com a instituição financeira.
Denúncia
1. Polícia Federal (190).
2. Delegacia de Proteção ao Consumidor.
3. Banco Central (0800-979-9555).