O ano de 2025 se inicia com a chuva de meteoros Quadrântidas, que ocorre sempre no começo de janeiro. O fenômeno dá as boas-vindas a um novo ano, mas é uma das chuvas mais difíceis de se observar.
As Quadrântidas devem atingir o pico na madrugada desta sexta (2) para sábado (3). E embora a chuva seja mais fácil de ser avistada do Hemisfério Norte do que do Hemisfério Sul, também existe a chance de vê-la do Brasil, principalmente se você morar mais ao norte do país.
A taxa de meteoros por hora pode chegar a 110 durante a chuva Quadrântidas, de acordo com a Organização Internacional de Meteoros. No entanto, embora o fluxo de meteoros seja intenso, o espaço de tempo no qual é possível observá-los é curto: seu breve pico dura apenas cerca de seis horas, ao contrário de outras chuvas de meteoros que tendem a permanecer no pico por cerca de dois dias.
Os meteoros são restos de asteroides quebrados e partículas de cometas que se espalham em trilhas de poeira orbitando o Sol. Todos os anos, a Terra passa por essas trilhas de detritos, e os pedaços de poeira e rocha criam exibições coloridas e brilhantes no céu à medida que se desintegram na atmosfera terrestre, as chamadas chuvas de meteoros.
Como observar a chuva de meteoros das Quadrântidas
A chuva é particularmente difícil de observar do Hemisfério Sul, mas as chances são maiores para aqueles que vivem nas regiões Norte e Nordeste.
Na madrugada do dia 3 para o dia 4 de janeiro, o melhor momento para tentar observar as Quadrântidas é logo antes do amanhecer, quando o radiante – o ponto no céu do qual os meteoros parecem se originar – estará mais alto acima da linha do horizonte, na direção nordeste.
Dicas para observar melhor a uma chuva de meteoros:
Normalmente, esses fenômenos não exigem nenhum equipamento como telescópio ou binóculo para serem observados, mas as chuvas de meteoros precisam ser vistas em locais muito escuros, longe das luzes da cidade e com o horizonte livre. Até mesmo a luz da Lua cheia pode atrapalhar a visualização.
Segundo o portal Time And Date, tudo que você precisa é de um céu claro, sem nuvens e bastante paciência. Além, é claro, de saber se está olhando para o local certo no céu — o mapa interativo do site pode ajudar com isso.
- Encontre um local de observação isolado, longe das luzes da cidade. Uma vez no local, seus olhos podem levar de 15 a 20 minutos para se acostumar com o escuro.
- Leve um cobertor se fizer frio no local ou uma cadeira confortável com você, pois observar meteoros envolve o tempo de espera.
- Depois de encontrar seu local de observação, se deite no chão e olhe para o céu. Um mapa interativo deve ajudar a encontrar a direção do radiante. Quanto mais alto o radiante estiver acima da linha do horizonte, mais meteoros você provavelmente verá.
- As chuvas de meteoro costumam ter origem no ponto onde se encontra o radiante, mas eles podem ser vistos em qualquer lugar do céu.
Confira aplicativos de astronomia para ajudar a localizar e acompanhar o fenômeno no céu noturno.
Veja o calendário com todas as chuvas de meteoros em 2025.
Por que o nome Quadrântidas?
Se o nome da chuva de meteoros soa estranho, provavelmente é porque não parece estar relacionado a nenhuma constelação que conhecemos hoje. Isso ocorre porque a constelação das Quadrântidas não existe mais – pelo menos não é mais reconhecida como uma.
A constelação Quadrans Muralis, observada e notada pela primeira vez em 1795, não está mais na lista de constelações modernas da União Astronômica Internacional porque é considerada obsoleta e não é mais usada como ponto de referência para a navegação celestial, de acordo com a EarthSky.
Tal como a chuva de meteoros Geminídeas, as Quadrântidas provêm de um asteroide ou “cometa rochoso”, em vez de um cometa gelado, o que é incomum. Este asteroide em particular é o 2003 EH1, que leva 5,52 anos para completar uma órbita ao redor do Sol e mede 3,2 quilômetros de diâmetro.
Mas os astrônomos acreditam que um segundo objeto, o cometa 96P/Machholz, também contribui para a chuva, de acordo com a EarthSky. Este cometa orbita o Sol a cada 5,3 anos.
Veja tudo o que se sabe sobre missão da Nasa que vai “tocar o Sol”