O PSG (Paris Saint-Germain) sofreu nesta sexta-feira (22) um novo revés na disputa que mantém com sua antiga estrela Kylian Mbappé: a FFF (Federação Francesa de Futebol) rejeitou o pedido de reexaminar a exigência pela qual o clube deve pagar 55 milhões de euros (R$ 332,7 milhões) ao jogador.
A solicitação do PSG ao Comitê Executivo da FFF foi transmitida um dia após o prazo ter expirado, afirmou à AFP uma fonte próxima a essas instituições.
O clube parisiense tinha 10 dias para realizá-la a partir da decisão da comissão paritária de apelação da LFP (Ligue de Football Professionnel) em favor do atual jogador do Real Madrid, em 25 de outubro.
O PSG, que recebeu a notificação dessa decisão na manhã de sexta-feira, não esperava uma resolução a seu favor, mas reconheceu sua surpresa pelo fato de a rejeição ter ocorrido devido a um defeito formal.
Kylian Mbappé, que reivindica 55 milhões de euros em salários não pagos e outras bonificações ao seu antigo clube, recorreu à comissão jurídica da LFP francesa, que em setembro defendeu uma mediação entre as partes. Porém, diante da recusa do jogador, decidiu instar o PSG ao pagamento desse valor em oito dias.
Rumo à Justiça comum?
O PSG então interpôs um recurso, rejeitado, antes de se dirigir ao Comitê Executivo da FFF.
Embora a direção do clube tenha confessado em várias ocasiões internamente que o conflito provavelmente deverá ser resolvido na Justiça comum, caso o jogador recorra aos tribunais trabalhistas.
Enquanto isso, o clube tem a possibilidade de recorrer ao CNOSF (Comitê Nacional Olímpico e Esportivo Francês) e a um tribunal administrativo.
O conflito entre a estrela e o PSG tem sua origem em um acordo alcançado em agosto de 2023 entre o atacante e a direção do clube.
Mbappé foi afastado do time principal parisiense por ter se recusado a renovar com o clube. Essa renovação teria permitido ao PSG receber dinheiro por uma eventual transferência, enquanto Mbappé ingressou no Real Madrid a custo zero como jogador livre.
Em virtude desse acordo, o jogador se comprometia a renunciar a 55 milhões de euros em diversas bonificações se saísse livre ao final da temporada.
Mas a validade desse acordo, que o próprio jogador havia mencionado publicamente à imprensa em janeiro, é contestada pelo entorno da estrela.
O jogador exige o pagamento de 55 milhões de euros, que correspondem ao último terço de um bónus de assinatura (36 milhões de euros brutos), os três últimos meses de salário, bem como a um bônus de ética relativo a esses três meses.