O promotor Francisco Cuenca, um dos responsáveis pela investigação do acidente de carro envolvendo o jogador Rodrigo Garro, do Corinthians, afirmou que o exame toxicológico de Nicolas Chiaraviglio indicou a presença de álcool, cocaína e maconha em seu organismo.
Além disso, a vítima, que morreu no local do acidente, não estava com capacete e sua habilitação estava vencida desde setembro de 2022.
“Chegaram a nós algumas informações importantes, como a da Agência Científica que revelou que as amostras biológicas de Chiaraviglio detectaram um alto nível de álcool no sangue, 1,56 grama por litro, além de dar positivo para cocaína e maconha”, afirmou o promotor em entrevista ao site argentino “En Boca de Todos HD”.
Francisco Cuenca ponderou que além dos exames feitos na vítima ainda há muito trabalho para a perícia realizar para esclarecer as circunstâncias do acidente, sobretudo as condições de visibilidade.
“O que temos agora são provas objetivas que devemos avaliar no momento oportuno. São elementos que contribuem, mas ainda há muito trabalho a ser feito”, disse o promotor. Cuenca também disse que foram identificadas testemunhas presentes no local do ocorrido e que elas serão chamadas para depor.
Garro foi formalmente indiciado pelo crime de “homicídio culposo por direção imprudente, negligente ou irregular de veículo automotor”, conforme apresentado pela promotoria. A pena prevista é de dois a cinco anos de prisão e a perda da habilitação para dirigir por cinco a dez anos. Garro já está com a habilitação suspensa.
De acordo com o procurador-geral da província de La Pampa, Armando Agüero, o nível de álcool detectado no corpo de Garro logo após o acidente, de 0,54 g/l, está abaixo do limite considerado como agravante na lei argentina, de 1 g/l. Por isso, o jogador foi liberado pela polícia poucas horas após o ocorrido.
A polícia agora estuda imagens de câmeras de segurança para entender se houve negligência por parte dos motoristas e quais eram as condições de visibilidade no momento do acidente.
O jogador retornou ao Brasil no início da semana e já está à disposição do Corinthians, que prometeu dar apoio não só para o atleta como para a investigação das autoridades argentinas, o que contribuiu para o atleta receber a permissão para viajar ao país.