Projeções do mercado pioram com anúncio de pacote de corte de gastos


Após o governo apresentar novas medidas, especialistas acreditam em uma piora no cenário econômico com o aumento do dólar e a estimativa de que a Selic possa subir até um ponto percentual em breve

CLÁUDIO REIS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDOO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião com representantes do setor siderúrgico
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) explicou o novo pacote de medidas para contenção de despesas, com um impacto financeiro projetado de R$ 71,9 bilhões para os anos de 2025 e 2026

A recente coletiva sobre o pacote fiscal, realizada ontem (28), trouxe à tona uma piora significativa nas projeções econômicas para o Brasil. O dólar ultrapassou a marca de R$ 6, enquanto as expectativas para a taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, também pioraram. O mercado agora estima que a Selic, atualmente em 11,25%, possa subir até um ponto percentual, atingindo 12,25%. Segundo Alan Ghani, essa situação é atribuída ao pacote fiscal na insuficiência de estabilizar a dívida pública, o que mantém o problema dos gastos sem solução e faz a dívida continuar a crescer.

Para os especialistas entrevistados pelo Jornal da Manhã, o  aumento da dívida pública eleva o risco de calote no futuro, o que se reflete nos preços, explicando a alta do dólar e dos juros. Para Deysi Cioccari, a desconfiança do mercado na estabilidade econômica do país e na condução das políticas fiscal e monetária pressiona os preços. Isso agrava a inflação e prejudica o poder de compra da população. Para recuperar a credibilidade econômica, seria necessário um movimento contrário ao atual, que não detalha medidas eficazes e é visto como populista.

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Na perspectiva de Cristiano Vilela, o governo atual enfrenta críticas por sua incapacidade de cortar gastos e por manter uma visão considerada antiquada e míope em relação à realidade econômica. Mesmo diante da necessidade de ajustes, o governo anunciou um gasto elevado com a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas que ganham até R$ 5.000.

*Com informações do Jornal da Manhã

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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