Relatório do Banco Central mostra que a inflação terminará o ano acima do teto da meta; Selic deve subir até 12,25% em 2025
Os agentes do mercado financeiro diminuíram de 4,64% para 4,63% a estimativa para a inflação do Brasil em 2024, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). No entanto, para 2025, a estimativa subiu: de 4,12% para 4,34%.
Os dados constam no Boletim Focus, relatório divulgado semanalmente pelo BC (Banco Central) com as expectativas dos agentes financeiros. O documento foi divulgado nesta 2ª feira (25.nov.2024). Eis a íntegra da (PDF – 769 kB).
A meta de inflação do Brasil é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo: de 1,5% a 4,5%. Quando a taxa acumulada em 12 meses fica acima de 4,5% por mais de 6 meses, será considerado que o Banco Central descumpriu a regra.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação no Brasil foi de 4,76% no acumulado de 12 meses até outubro. Foi o 1º mês que ficou acima do teto da meta.
Os agentes do mercado financeiro mantiveram em 11,75% ao ano a projeção para a taxa básica, a Selic, deste ano. O juro base está em 11,25% ao ano. A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) será em 10 e 11 de dezembro deste ano. Para 2025, as estimativas para a Selic subiram de 12,00% para 12,25%.
Os agentes financeiros aumentaram de R$ 5,60 para R$ 5,70 a mediana das projeções para a cotação do dólar no fim de 2024. Para 2025, aumentou de R$ 5,50 para R$ 5,55.
Já as projeções para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) passaram de 3,10% para 3,17% em 2024. Em 2025, foram de 1,94% para 1,95%.