Prisão de ministros do STF e nova eleição: o que diz plano de golpe encontrado com “kid preto“


A Polícia Federal (PF) encontrou com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, preso por suspeita de participar da tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022, um pen drive contendo uma planilha que detalha o plano de ruptura institucional no país.

Identificado como “Operação Luneta”, o documento – apreendido com o militar em fevereiro deste ano – tem mais de 200 linhas e aborda fatores estratégicos de planejamento para o golpe, segundo a PF.  A investigação também aponta Hélio Ferreira Lima, integrante dos “kids pretos”, como autor da planilha.

“Foi encontrado um documento denominado Desenho Op Luneta.xlsx que detalha pormenorizadamente um plano de operação cuja missão seria ‘reestabelecer a lei e a ordem por meio da retomada da legalidade e da segurança jurídica e da estabilidade institucional’ e que visaria impedir um cenário de ameaça a qual em suposta defesa da democracia, (objetivaria) controlar os 3 poderes do país e impor condições favoráveis para apropriação da máquina pública em favor de ideologias de esquerda ou projetos escusos de poder”, afirma a PF.

Além disso, é mencionada repetidamente a necessidade de neutralização da capacidade de atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), com destaque para o ministro Alexandre de Moraes.

Entre destaques localizados no arquivo está a previsão de “realizar a prisão preventiva dos juízes supremos considerados geradores de instabilidade”.

Mandados de prisão e nova eleição

O documento é dividido em três linhas de operação, denominadas respectivamente “Eleições Limpas”, “Legalidade” e “Informacional”, cada qual com subsdivisões, que previam desde a prisão de “envolvidos em indícios de irregularidades no processo eleitoral” a nova eleição.

Veja abaixo como se dividem as diferentes frentes da operação:

Eleições limpas

  1. Base probatória de fraude eleitoral divulgada;
  2. Inquérito eleições limpas aberto;
  3. Acesso total ao processo eleitoral de 2022;
  4. Publicação de novos relatórios de irregularidades no processo eleitoral realizadas;
  5. Novo pleito eleitoral marcado;
  6. Processo eleitoral totalmente transparente divulgado;
  7. Eleições presidenciais.

Legalidade

  1. Base jurídica consolidada em decreto presidencial com apoio do congresso nacional;
  2. Composição da força legalista conjunta, multidisciplinar e interagências;
  3. Denúncia aceita, inquérito aberto;
  4. Mandados coercitivos emitidos;
  5. Mandados de prisão contra envolvidos em indícios de irregularidades no processo eleitoral publicados.

Informacional

  1. Composição da equipe informacional publicada;
  2. Exploração da base legal nos cenários interno e externo;
  3. Exploração global dos indícios de fraude eleitoral realizada;
  4. Exploração da execução dos mandados coercitivos realizada; operação segurança presente explorada amplamente;
  5. Exploração do início da campanha de assistência aos mais vulneráveis realizada; op presença e dissuasão divulgada amplamente; mandados de prisão explorados amplamente;
  6. Exploração da legalidade do novo processo eleitoral realizada; exploração da execução dos mandados coercitivos realizadas amplamente;
  7. Detalhes da tentativa de destruição da democracia brasileira divulgadas amplamente;
  8. Exploração de indicadores de sensação de segurança jurídica realizada.

“Operação Pacificação Nacional”

Ainda em posse de Hélio Ferreira Lima, foi encontrado outro documento intitulado “Operação Pacificação Nacional”, dividido em cinco etapas, conforme a PF:

  1. Modelando ambiente – dezembro (provavelmente 2021);
  2. Reestabelecimento da legalidade – jan a junho (provavelmente 2022);
  3. Manutenção da lei e da ordem – junho a dezembro (provavelmente 2022);
  4. Normalização – janeiro a maio (2023);
  5. Reversão – junho a agosto (2023).



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