O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo, prometeu servir o povo “até o fim” após uma série de renúncias e crescentes pedidos para que o presidente do país renuncie.
“Como primeiro-ministro, que supervisiona o gabinete, assumo total responsabilidade por todos os eventos que levaram a este momento”, disse Han em uma declaração nesta quarta-feira (4) intitulada “Uma mensagem ao povo”.
“Trabalharei com os membros do Gabinete até o fim para servir ao povo”, afirmou. “A partir deste momento, o Gabinete deve cumprir seus deveres para garantir que a estabilidade da nação e a vida diária do povo permaneçam inalteradas.”
Seis partidos de oposição pedem o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol após uma reação generalizada em todo o espectro político, incluindo dentro de seu próprio partido, contra o decreto de lei marcial de curta duração.
O que acontece depois?
Um projeto de lei pedindo o impeachment de Yoon foi submetido à Assembleia Nacional, legislatura do país, com votação marcada para sexta-feira (6) ou sábado (7), segundo a Yonhap News Agency.
Se aprovado, ele irá para o Tribunal Constitucional, onde pelo menos seis juízes devem entrar em acordo para manter o impeachment.
Conforme a constituição sul-coreana, o presidente deve ser suspenso do exercício de poder durante o processo judicial até que o impeachment seja julgado.
O primeiro-ministro assume como líder interino.
O chefe de gabinete de Yoon, e mais de 10 secretários seniores do presidente, apresentaram pedidos de renúncia.