O Índice de Atividade Econômica IBC-Br, conhecido como “prévia do PIB”, teve uma alta de 0,1% em novembro de 2024 de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta (16). O indicador é considerado como um sinalizador da economia brasileira e superou as expectativas do mercado para o mês, que giravam em torno da estabilidade na comparação com outubro.
O resultado ficou positivo mesmo com a predominância de resultados negativos, como dos serviços (-0,9%), indústria (-0,6%) e vendas no varejo (-0,4%), segundo análise da Reuters.
O IBC-Br do mês indica um leve crescimento na comparação com outubro (0,09%), mas uma desaceleração da economia após os resultados de setembro (0,7%) e agosto (0,3%). De janeiro a novembro de 2024, o índica acumula uma alta de 3,8%, e de 3,6% em 12 meses (desde novembro de 2023).
O resultado do IBC-BR é um dos vários indicadores levados em consideração pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa básica de juros da economia. Embora tenha indicado uma desaceleração neste mês, a expectativa é de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual na reunião do final do mês – atualmente está em 12,25%.
Isso levou o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, a ter que se explicar ao governo.
“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões. A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, disse o economista na carta ao ministro Fernando Haddad (Fazenda).
O resultado do PIB de 2024 ainda não está consolidado, mas a expectativa é de fechar em torno de 3,5%. Para 2025, o mercado financeiro prevê um resultado menor, de 2,02%.