O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que responde na Justiça por improbidade administrativa, assumiu o cargo de secretário de segurança pública de São José (SC), na última quarta-feira (8).
Vasques tomou posse usando tornozeleira eletrônica, exigência determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a sua progressão de regime em cumprimento de pena, ao lado do prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila (PL). O ex-diretor da PRF receberá um salário de R$ 18,4 mil no novo posto.
Além do saldo mensal na secretaria de São José, Vasques recebe R$ 18,5 mil mensais da aposentadoria pela Polícia Rodoviária Federal. Portanto, o ex-diretor da corporação receberá R$ 36,9 mil por mês.
Vasques, que já foi acusado de promover ações para favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022, é investigado por condutas irregulares enquanto estava à frente da PRF.
Entre as acusações estão o uso indevido de estrutura pública e a omissão de informações durante operações que teriam dificultado o transporte de eleitores no dia do pleito. Ele nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política.
Silvinei Vasques seguirá sob monitoramento eletrônico enquanto desempenha suas funções no cargo. Ele já foi intimado a prestar esclarecimentos à Justiça sobre novas movimentações relacionadas ao processo que responde, o que pode gerar novos desdobramentos legais nos próximos meses.
Edição: Martina Medina