A Vale e a Petrobras distribuíram valores bilionários aos seus acionistas em 2024, segundo levantamento da Quantum Finance cedido com exclusividade à CNN. No caso da mineradora, foram R$ 22,96 bilhões. Já a petroleira distribuiu proventos totalizando R$ 102,7 bilhões.
Para João Daronco, analista da Suno Research, os resultados são “bastante satisfatórios” e refletem efeitos tanto macroeconômicos como internos das empresas em seus respectivos negócios.
“No caso da Vale, teve uma subida de dividendos como reflexo da escalada de preços do minério de ferro. Já no caso da Petrobras, nota-se dividendos subindo em decorrência de melhoras internas, apreciação do dólar e do [contrato de petróleo] Brent [a referência internacional]”, pontua Daronco.
Sobre o movimento visto nos valores distribuídos pela mineradora, o analista da Suno aponta para a ciclicidade do negócio.
“Do lado da Vale, você vê um ciclo bem maior, uma amplitude significativa. Como os resultados são cíclicos, os dividendos também”, pontua.
Já sobre a Petrobras, ele destaca uma postura adotada por volta de 2022 de reservar mais dinheiro a distribuições do que investimentos.
Ao longo do governo atual houveram preocupações sobre os dividendos da estatal, após divergências quanto a sua distribuição. Em entrevista ao CNN Money em novembro, Magda Chambriard, CEO da Petrobras, reiterou o compromisso da estatal com seus acionistas.
“Não há mérito nenhum em empilhar dinheiro. O que a gente não precisar reter, será distribuído”, disse ao CNN Money.
“Está no nosso estatuto que nós temos que distribuir 45% [do lucro]. Isso não pode ter dúvida. Sobre os extraordinários, por enquanto, a gente não tem maiores expectativas”, concluiu Chambriard.
Investidor do Zodíaco: O curioso caso de quem usa astrologia na bolsa