A Polícia Militar de São Paulo localizou no início da noite deste sábado (9) as armas e carregadores utilizados na ação que resultou na morte do empresário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que estava jurado de morte pela facção.
A informação foi divulgada pelo secretário da Secretária de Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, por publicação no X.
Um denúncia anônima informou que havia uma bolsa cheia de armas pela Rua Guilherme Lino dos Santos, no bairro Vila Nossa Senhora de Fátima, nas proximidades do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP).
Equipes da Polícia Militar foram até o local e encontraram a mala com um Fuzil AK-47 calibre 7,62, uma pistola 9 milímetros com carregador e munições. As armas foram encaminhadas ao 1º DP de Guarulhos.
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se as armas foram usadas na morte de Antônio Vinicius Gritzbach — executado na última sexta (8), ao sair do saguão do Terminal 2 do aeroporto.
O carro em que os atiradores estavam foi apreendido, além de outros dois veículos utilizados pela escota da vítima, que também foram recolhidos e periciados. Os celulares dos integrantes da escolta e da namorada do homem também foram apreendidos.
Os policiais militares, que pertenciam à equipe de segurança da vítima, prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações, de acordo com a SSP.
A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes.
A execução
Antônio Vinicius Gritzbach, ligado ao PCC, foi executado a tiros na tarde desta sexta-feira (8) no terminal 2 do aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Na ocasião, dois homens desembarcaram de um veículo preto e efetuaram os disparos contra o empresário.
Gritzbach seria o mandante da morte do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, morto em 2021. O empresário já foi preso e deixou a cadeia em 2023, após o início da negociação de delação.
Além da morte de Gritzbach, outras três pessoas ficaram feridas no ataque.
Atentado no dia de Natal
Outra tentativa de matar Gritzbach ocorreu na noite de Natal do ano passado.
Segundo um dos advogados do empresário, ele estava em seu apartamento no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo, na tarde do dia 25 dezembro, quando foi até a janela fazer uma foto da lua. Neste momento, tiros foram disparados em sua direção.
Ninguém ficou ferido no ataque, mas a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o ocorrido. Veja vídeo do momento do ataque: