A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (19) cinco suspeitos de orquestrar um plano para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em 2022. A ideia faria parte de uma trama para dar um golpe de Estado e impedir a posse do petista.
A operação da PF foi autorizada por Moraes e mirou um policial federal, militares com formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”, e um general da reserva. Documentos encontrados pelos investigadores incluíam uma análise de possíveis efeitos colaterais, descrições dos alvos e uma relação de armas e métodos a serem empregados —como o envenenamento de Lula.
Mensagens apagadas do celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid ajudaram a PF na nova etapa. O militar prestou novo depoimento nesta terça, e a polícia apontou ao STF que ele tem descumprido cláusulas da delação premiada; Moraes vai definir se o acordo será mantido. A defesa dos envolvidos na operação não tinha se manifestado. No Congresso, bolsonaristas questionaram a ação da PF e tentaram minimizar o plano de golpe.
O Café da Manhã desta quarta-feira (20) trata da nova operação da PF que mirou os planos golpistas de bolsonaristas. O repórter da Folha em Brasília Cézar Feitoza conta detalhes da operação, analisa as conexões do caso com os inquéritos do 8 de Janeiro e discute as repercussões no governo, no bolsonarismo, no Congresso e nas Forças Armadas.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.