A Polícia Federal indiciou os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) sob suspeita de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O inquérito concluiu que os três agiram no Congresso Nacional para favorecer o grupo que se chamava Hypermarcas, hoje Hypera Pharma, em troca de propina.
A notícia foi revelada pelo portal UOL e confirmada pela Folha.
A investigação que mira Calheiros tem origem no acordo de colaboração premiada de um ex-executivo da Hypermarcas. O acordo foi assinado pela PGR na gestão do então procurador-geral Rodrigo Janot, em 2016, e homologado em 2020 pelo ministro Edson Fachin.
O ex-diretor de relações institucionais do grupo, Nelson Mello, disse em depoimento que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas que fariam os repasses aos congressistas.
Procurado, o advogado de Braga, Fabiano Silveira, afirmou que as acusações são “ilações esdrúxulas” sem amparo nos elementos do inquérito.
“Há evidências claríssimas de que o parlamentar não teve contato com o delator, que, além de mudar sua versão quatro anos depois, baseia suas declarações em mero ‘ouvir dizer’. Não tenho dúvida de que inquérito será arquivado. Triste, porém, é ver mais um episódio de vazamento ilegal”, afirmou.
A Folha ainda não conseguiu contato com as defesas de Calheiros e Jucá.