PF faz operação em caso sobre venda de sentenças no Mato Grosso


São investigados os crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e vazamento de informações sigilosas

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta 6ª feira (20.dez.2024) uma operação que investiga um esquema de venda de sentenças no Mato Grosso. Segundo o G1, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um desembargador, investigado no caso.

A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin. São investigados os crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e vazamento de informações sigilosas.

A apuração teve início a partir de mensagens encontradas no celular de Roberto Zampieri, advogado morto em 2023 no Mato Grosso. Com a análise do seu aparelho, a Corregedoria Nacional de Justiça instaurou reclamação disciplinar contra desembargadores do TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso).

O inquérito policial foi instaurado depois de indícios de que desembargadores recebiam vantagens financeiras indevidas para julgar casos, de acordo com os interesses do advogado morto.

No fim de novembro, a PF realizou 24 mandados de busca e apreensão contra magistrados, advogados, empresários e servidores de Tribunais de Justiça brasileiros. Entre eles, estão 3 servidores do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que teriam participado de um esquema de venda de decisões e informações processuais privilegiadas.

Na época, Zanin disse que a análise do aparelho celular do advogado evidenciou um “amplo arcabouço” de diálogos entre os envolvidos que expõem “espúrias negociações”. A decisão ressalta que não há indícios de envolvimento de ministros do STJ.

Em 9 de dezembro, Zanin autorizou o retorno do desembargador Sérgio Fernandes Martins ao cargo. Ele manteve outros 2 desembargadores afastados das funções. Um deles é João Ferreira Filho. O outro é Sebastião de Moraes Filho. Leia mais sobre o caso aqui.





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