As conversações incluíram os separatistas flamengos do N-VA (a formação mais votada nas eleições), os Liberais Francófonos (MR), os Socialistas Flamengos (Vooruit), o partido francófono de centro-direita Les Engages e o Partido Cristão Flamengo Democratas (CD&V).
Na agenda do encontro esteve a fiscalidade, um dos temas mais fraturantes nas negociações, depois de as reformas laborais terem sido abordadas na semana anterior, segundo a agência noticiosa Belga.
Os líderes dos partidos analisaram as alterações de cada formação ao documento de política socioeconómica elaborado pelo representante que lidera os contactos: o líder do N-VA, Bart De Wever.
De Wever apresentará na terça-feira um novo relatório ao Rei Filipe da Bélgica.
As partes que visam integrar um governo de coligação já tinham conversado em agosto sobre tributação, mas sem alcançarem um acordo.
Os liberais francófonos da RM opuseram-se à tributação dos ganhos de capital, uma possibilidade procurada pelos socialistas flamengos.
Desde a passada quinta-feira, quando os negociadores falaram sobre emprego e mercado de trabalho, o clima dos contactos é “construtivo”, de acordo com a agência noticiosa Belga.
Os liberais da MR, que recordaram ter vencido as eleições no lado francófono do país, reiteraram hoje a sua rejeição a qualquer tipo de aumento da pressão fiscal.
Desde 09 de junho, quando foram realizadas as eleições legislativas que decorreram em simultâneo no país com as eleições europeias e regionais, a coligação Arizona (que leva o nome das cores da bandeira daquele estado dos Estados Unidos – azul, laranja, vermelho e amarelo) é a fórmula preferida para governar.
O prazo final para um acordo é o final deste mês de janeiro.
Segundo a agência Belga, são mínimas as hipóteses de a reunião de hoje resultar num acordo sobre reformas socioeconómicas.
Outra questão que ainda terá de ser abordada, além da fiscalidade, é a das pensões.
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