Pierre-Emerick Aubameyang concedeu, esta terça-feira, uma extensa entrevista ao portal britânico The Athletic, na qual ‘abriu o livro’ a propósito do violento assalto de que foi vítima, dias antes de deixar o Barcelona rumo ao Chelsea, em 2022, a troco de 12 milhões de euros.
“O meu filho mais velho veio ter comigo e disse ‘Pai, estão uns tipos cá em casa’. Eu só lhe disse ‘Esconde-te’. Eles vieram de fora, onde a minha mulher estava a fumar, com a minha prima e o namorado dela. Pegaram nele e entraram em casa. A minha mulher estava aos berros. Eles tinham uma arma”, afirmou.
Foi então que o internacional gabonês (que, atualmente, representa o Al-Qadisiyah) pegou “numa grande garrafa” e procurou confrontar os assaltantes: “Ao mesmo tempo, a minha cunhada estava com o meu filho mais novo. Disse-lhe ‘Vai-te embora. Tenta esconder-te nalgum lado'”.
“Foi aí que vi os tipos. Eram quatro ou cinco, acho eu. Um tinha uma arma e disse-me ‘Vai lá para baixo’. Eu disse ‘Não, não, não. Digam-me o que querem’. Falámos, e ele disse ‘Senta-te’. Eu disse ‘Não’. Foi aí que começaram a dar-me murros”, referiu.
“Eu queria lutar, mas um tipo foi lá abaixo e pegou nos meus filhos e na minha cunhada. Nesse momento, não podia fazer nada. Se fazes alguma coisa de errado, algo pode acontecer. Andámos pela casa e dei-lhes o que eles queriam, para que ficássemos bem”; prosseguiu.
“Sempre que os meus filhos estão sozinhos, têm medo. Ainda tenho aquela casa, mas nunca lá mais voltei. Penso que vou começar a arrendá-la, porque os meus filhos não querem ir a Barcelona. A escola organizou uma viagem para lá, mas eles disseram ‘Nem pensar'”, rematou.
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