Pacote fiscal do governo frustra mercado e dólar fecha a R$ 5,99


Moeda norte-americana bate recorde sob Lula e tem alta de 1,30% nesta 5ª feira (28.nov); ruído com anúncio de nova faixa de isenção da tabela do IRPF influencia

O dólar comercial fechou nesta 5ª feira (28.nov.2024) cotado a R$ 5,989, com alta diária de 1,3%. Na máxima do dia, atingiu R$ 6,003. O desempenho se dá depois do anúncio do pacote fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A moeda norte-americana renovou o recorde da 4ª feira (27.nov), quando foi a R$ 5,91. Está há 245 dias acima de R$ 5. Em 13 de maio de 2020, durante a pandemia de covid, a cotação atingiu R$ 5,90.

Eis a trajetória da moeda norte-americana em 2024:

Já o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), atingia 125.440,47 pontos às 17h00 desta 5ª feira (28.nov), o que representa uma alta diária de %.

Já a cotação dos contratos de juros futuros superou 13,94% às 16h48. Trata-se da taxa registrada nos contratos DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2027.

As medidas anunciadas causaram frustração em agentes do mercado financeiro. Em tom crítico, a avaliação é de que o pacote ficou “aquém do esperado”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, em entrevista a jornalistas, que poderia adotar novas medidas.

Ao todo, o governo estima economizar até R$ 327 bilhões nos próximos 5 anos. O economista-chefe e sócio da Warren Investimentos, Felipe Salto, afirma que os “efeitos fiscais são menores do que os esforços requeridos para se cumprir a meta fiscal do ano que vem”.

De acordo com Salto, o pacote produzirá uma economia inferior à estimada pelo governo para os próximos 2 anos. O impacto seria de até R$ 45,1 bilhões, ou 62,7% do esperado pela equipe econômica (R$ 71,9 bilhões) para o período.

ISENÇÃO DO IRPF

Também causou ruído o anúncio da isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) aos que recebem até R$ 5.000 por mês, uma promessa de campanha de Lula. Segundo Haddad, a compensação será feita com a taxação de quem recebe mais de R$ 50.000 mensalmente.

O titular da Fazenda declarou que a medida representará a “maior reforma tributária da renda da história”.





source