Orçamento público para reconstruir IBGE não faltará, diz Tebet


A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a importância do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a evolução de políticas públicas direcionadas e de qualidade no país. Ainda, que o instituto terá todo o apoio do governo federal, após ser “massacrado nos últimos anos por falta de recursos e estrutura”.

“Orçamento público não faltará”, disse a ministra, em evento realizado neste sábado (25) pelo IBGE, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa).

O objetivo é abrir as portas para o trabalho dos recenseadores locais e reduzir o percentual de domicílios que não responderam ao Censo Demográfico em comunidades. A ação, chamada de “Favela no Mapa”, faz parte da fase final de apuração do Censo.

A ministra lamentou, durante o evento, o sucateio do instituto que, segundo ela, teve baixo investimento no ano passado devido ao negacionismo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O governo passado não acreditava em estatísticas e evidências. Atrasamos o IBGE”, afirmou.

Tebet ainda reforçou que, por meio de uma base de dados atualizada, é possível fazer um levantamento das necessidades das pessoas. “O banco de diagnóstico é de como somos, quem somos… é importante para o governo federal e iniciativa privada também”, argumenta.

“Esses dados movimentam a economia. Sem um banco de dados completo estamos fadados a não ter crescimento com qualidade de vida”.

Dados esses só podem ser coletados se a população estiver disposta a receber os recenseadores do instituto. Por isso, fez um apelo no final do evento: “abram as portas de suas casas para o IBGE. Significa abrir as portas para uma vida melhor”, finalizou.

Dificuldades nas entrevistas

O IBGE não conseguiu atingir o mínimo de 95% de cobertura em diversas comunidades espalhadas pelo país. O presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, explicou à CNN que existe um receio por parte da comunidade de receber essas pessoas.

Também lembrou que muitos moradores das comunidades trabalham o dia inteiro fora, precisam pegar transporte público e acabam demorando ainda mais para retornar a suas casas. Desta forma, os recenseadores do IBGE acabam não encontrando elas em casa.

Além de ausência e recusa, há outros problemas como omissão de domicílios (de fundos ou na laje) e dificuldades de acesso e circulação.

Com informações de Talita Amaral e Nicole Fusco, da CNN, e Salma Freua, em colaboração para a CNN 



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