Uma operação busca desarticular uma grande quadrilha de anabolizantes clandestinos que atua em todo o Brasil, na manhã desta terça-feira (14).
Ao todo, são cumpridos 15 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão em diversos endereços na cidade do Rio de Janeiro, em Niterói, São Gonçalo e Maricá. Uma das ordens de busca é cumprida no Distrito Federal.
A Operação Kairós é realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do RJ.
Segundo o Ministério Público, as empresas Next Pharmaceutic, Thunder e Plus Suplementos fazem parte do conglomerado envolvido na venda de anabolizantes.
Até o momento, ao menos oito pessoas foram presas. Veja algumas das prisões abaixo.
A ação desta terça é resultado de uma investigação que foi iniciada em julho de 2024. Após uma parceria com os Correios, a polícia identificou grandes remessas de anabolizantes enviadas diariamente para diversas estados do país.
A polícia afirma que as substâncias eram fabricadas clandestinamente e sem fiscalização das autoridades sanitárias. Elas ainda continham, nas fórmulas, substâncias tóxicas e nocivas para seres humanos, como repelentes de insetos.
Foi identificada uma movimentação de R$ 80 milhões nas contas bancárias de alguns dos investigados. Desde julho, a polícia apreendeu mais de 2 mil substâncias ilícitas que seriam remetidas, gerando um prejuízo de mais de R$ 500 mil ao grupo criminoso.
Ao todo, o GAECO denunciou 23 pessoas pelos crimes de associação criminosa, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais e crimes contra as relações de consumo.
Os denunciados comercializavam as substâncias para clientes de 26 estados brasileiros.
Os promotores do GAECO afirmam que os suspeitos vendiam e distribuíam produtos sem registro no órgão de vigilância sanitária competente, de procedência desconhecida e adquiridos de empresas sem autorização das autoridades sanitárias.
Os anabolizantes eram promovidos e comercializados em sites e redes sociais e sem informações sobre os riscos à saúde. A quadrilha também patrocinava grandes eventos de fisiculturismo e atletas profissionais, além de remunerar influenciadores digitais para alavancar as vendas.
As investigações continuam para identificar revendedores, influenciadores e atletas patrocinados para multiplicar as vendas do grupo criminoso. Eles chegavam a receber mais de R$ 10 mil por mês para promover a marca.
A CNN tenta contato com a defesa das empresas citadas para um posicionamento. O espaço segue aberto.