“O acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns são bem-vindos e encorajadores, depois de tantas vidas terem sido perdidas e de tantas famílias terem sofrido”, escreveu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa publicação nas redes sociais.
A OIM instou, num comunicado, “todas as partes a darem prioridade à segurança e ao bem-estar dos civis, pondo fim à violência e ao sofrimento”.
Tedros Adhanom Ghebreyesus também manifestou a esperança de que as partes respeitem o acordo e trabalhem para uma paz duradoura, alertando que as necessidades de saúde na Faixa de Gaza vão continuar.
O diretor-geral da OMS acrescentou na sua publicação que “a paz é o melhor remédio”.
“A crise humanitária em Gaza atingiu um ponto de rutura. Os hospitais estão destruídos, as provisões médicas estão esgotadas e os profissionais de saúde estão sobrecarregados. A fome está a aumentar, com as reservas de alimentos esgotadas e o Programa Alimentar Mundial (PAM) a alertar para a fome, em especial no Norte sitiado”, adianta o comunicado da OIM.
Ao longo dos mais de 15 meses de conflito, a OMS denunciou os frequentes ataques israelitas contra hospitais e outras instalações de saúde em Gaza, nos quais foram mortos numerosos médicos, doentes e acompanhantes.
A OIM relembrou que várias famílias “carecem de abrigo e de ajuda essencial, o que as deixa expostas ao frio, tendo pelo menos oito recém-nascidos sucumbido tragicamente à hipotermia neste inverno”.
No mês passado, apenas metade dos hospitais de Gaza (17 em 36) estavam a funcionar, pelo menos parcialmente, e desde 7 de outubro de 2023, a OMS contabilizou cerca de 600 ataques a instalações de saúde na Faixa, com mais de 800 mortos e 1200 feridos.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também saudou o acordo para um cessar-fogo em Gaza e para a libertação dos reféns e instou as partes envolvidas a garantirem que seja totalmente implementado.
Numa declaração à imprensa, na sede da ONU em Nova Iorque, Guterres indicou que a prioridade deve ser “aliviar o tremendo sofrimento causado por este conflito”.
“As Nações Unidas estão prontas para apoiar a implementação deste acordo e aumentar a entrega de ajuda humanitária sustentada aos inúmeros palestinianos que continuam a sofrer”, afirmou.
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