O senador Sergio Moro (União -PR) sabia que poderia ser alvo dos atentados planejados por uma organização criminosa desarticulada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (22). O R7 e a Record TV apuraram que equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, descobriram os planos dos criminosos para execução de Moro e informaram o caso aos policiais.
Durante as apurações, foi identificado que um olheiro, ligado à facção criminosa PCC, estaria fazendo campana na frente da casa do senador, em Curitiba (PR). Uma equipe de nove policiais da inteligência da Polícia Militar do Paraná vinha fazendo escolta do Senador e da família dele há mais de um mês. A esposa de Moro, a deputada Rosângela Moro (União-SP) vinha usando um carro blindado para se locomover. As investigações apontam que os suspeitos pretendiam realizar os ataques de forma simultânea.
O senador, que é ex-juiz da Lava Jato, confirmou por uma rede social que seria um dos alvos dos criminosos e disse que se pronunciará sobre o caso nesta quarta-feira.
A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (22) 11 mandados de prisão de suspeitos de planejar ataques a servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro. De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.
Nesta quarta, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e quatro de prisão temporária no Mato Grosso do Sul, em Rondônia, São Paulo e no Paraná. Os principais investigados estão em São Paulo e no Paraná, segundo a Polícia Federal.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou em uma rede social que os planos dos suspeitos incluiam os assassinatos de um senador e um promotor de Justiça.
A operação ganhou o nome de Sequazse, que se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém. Esse nome foi dado devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas.