O atual governo enfrenta instabilidade política e impopularidade; eleições gerais estão marcadas para 23 de fevereiro
O SPD (Partido Social Democrata, de centro-esquerda) nomeou o atual chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, como candidato à reeleição em 23 de fevereiro. Scholz recebeu a nomeação mesmo com baixos índices de aprovação do governo.
Scholz ainda passará por um voto de confiança dos parlamentares em 16 de dezembro. A derrota é quase certa. Levará à dissolução do Bundestag e à convocação do pleito antecipado. Inicialmente, as eleições federais alemãs seriam em setembro.
O partido de Scholz discutiu entre nomeação do chanceler ou do ministro da Defesa, Boris Pistorius, que decidiu não concorrer e declarou apoio ao atual premiê.
A votação interna para escolha do candidato foi realizada nesta 2ª feira (25.nov.2024), com os 33 integrantes seniores do SPD votando por unanimidade em Scholz.
O nome do chanceler será confirmado na conferência do partido, em 11 de janeiro, por formalidade.
As pesquisas de intenção de voto para o Parlamento mostram o SPD em 3º lugar. O CDU (União Democrata-Cristã, centro direita), partido da ex-chanceler Angela Merkel (2005-2021), lidera a disputa e deve voltar ao poder.
Crise no governo
A instabilidade política começou com o rompimento da coalização que governava a Alemanha. O grupo com maioria no parlamento era liderado pelo SPD, o Partido Democrático Liberal e o Partido Verde.
Scholz demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner (líder do Partido Democrático Liberal), em 6 de novembro. A razão apontada pelo governo foram divergências no plano orçamentário.
A baixa popularidade das políticas econômicas, crises legislativas e divergências na coalizão ruíram o atual governo.