O novo diretor de futebol do Flamengo, José Boto, foi apresentado oficialmente pelo clube em entrevista coletiva nesta segunda-feira (30), no CT do Ninho do Urubu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. E ele ressaltou os planos ambiciosos do Rubro-Negro.
O diretor que tem passagens pelo Benfica-POR, Shakhtar Donetsk-UCR, PAOK-GRE e NK Osijek-CRO explicou como o Rubro-Negro vai agir no mercado de transferências pensando em 2025.
“Não queremos o torcedor feliz em janeiro e sim em dezembro. Tenho que ser responsável e não posso chegar e não conhecer as pessoas e o ambiente e querer fazer as coisas à minha maneira. Primeiro, vou conhecer todas as pessoas da estrutura do futebol para saber se as pessoas se adaptam à forma que pretendo trabalhar e também, o mais importante, cuidar da equipe profissional’, explicou.
Filipe Luís como treinador
Mesmo com a conquista da Copa do Brasil deste ano, José Boto garantiu que foi ele quem decidiu a permanência do técnico Filipe Luís para a sequência da temporada. Inclusive, ele afirmou que se der algo errado, assume a responsabilidade.
“ A escolha do Filipe Luís com o presidente foi de minha responsabilidade. Poderia ter escolhido outro treinador. Eu acho que sou pioneiro, eu mais uma equipe que trabalhava comigo no Shakhtar, de uma coisa chamada scouting de treinadores. No Shakhtar tínhamos uma linha definida de como queríamos jogar, não porque era um DNA do clube ou por causa da torcida, mas porque o dono do clube exigia”, disse, completando:
“Que fique ciente que se o Filipe falhar o culpado serei eu. Mas toda a gente do clube vai ter que trabalhar como nós queremos. Quem não trabalhar como queremos, sai. Depois, se as coisas forem mal, o responsável sou eu. Tive essa carta branca da direção que entrou, do Bap, para que se achasse que deveria mudar o treinador, mudava. Analisei, vi muita coisa que gostei, vi muita entrevista, muita coletiva dele, que dá muito do treinador”, comentou.
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Rio de Janeiro
“É um orgulho muito grande representar um clube como o Flamengo, mas ao mesmo tempo uma responsabilidade enorme. Foram dias muito corridos. Tive o encontro com o Zico, um ídolo de infância, foi algo que marcou do ponto de vista emocional. Conheci o CT. Já tinha algumas referências de que era um CT muito moderno, mas sinceramente não esperava que fosse tão bom”.
Flamengo formador
“O DNA do Flamengo é Zico, Junior Maestro… É um futebol ofensivo, dominante, temos que dominar e tudo vai ser feito para respeitar esse DNA. A escolha do Filipe Luís com o presidente foi de minha responsabilidade. Poderia ter escolhido outro treinador. Eu acho que sou pioneiro, eu mais uma equipe, que trabalhava comigo no Shakhtar, de uma coisa chamada scouting de treinadores. No Shakhtar tínhamos uma linha definida de como queríamos jogar, não porque era um DNA do clube, porque o clube não tinha essa história. Ou por causa da torcida, porque o clube não tinha torcida, mas porque o dono do clube exigia. Contratamos treinadores que respeitavam esse DNA. E criamos um scouting de treinadores, uma lista de treinadores que tinham esse DNA”.
Conversa com Filipe Luís
“A partir do dia 18 de dezembro, em que o Bap (novo presidente) anunciou que eu seria o diretor de futebol do Flamengo, converso todos os dias com Filipe. Tivemos oportunidade porque estávamos perto. Ele em Coruña, eu no norte de Portugal. Fique claro, que o elenco tem uma qualidade enorme. Sabemos que temos que fazer alguns ajustes e serão feitos com tempo, no tempo que nós queremos e não para agradar à torcida e imprensa, mas aquilo que achamos que será o ideal para o Flamengo. Quero a torcida feliz em dezembro e não em janeiro”.