Somente no mês de dezembro, o Banco Central vendeu mais de US$ 30 bilhões no mercado de câmbio para conter o dólar
O BC (Banco Central) realizou nesta 2ª feira (30.dez.2024), no último pregão do ano, um leilão à vista de US$ 1,815 bilhão. Cotada a R$ 6,24 no início da tarde, a moeda norte-americana subia 0,84%. A liquidação das operações está programada para 2 de janeiro de 2025.
Desde o dia 12 de dezembro, a autoridade monetária injetou cerca de US$ 32,6 bilhões no mercado de câmbio, com o objetivo de parar o avanço do dólar. Apesar dos esforços do BC, a moeda norte-americana passou quase todos os dias acima de R$ 6.
O leilão à vista é uma operação que consiste na venda direta da moeda norte-americana no mercado. Aumenta o volume de recursos estrangeiros, o que desvaloriza o dólar. Os recursos são das reservas internacionais.
Já o leilão de linha é a venda de dólares com o compromisso de recompra com data e cotação definidas. Os recursos são das reservas, mas há reposição no futuro, quando houver a recompra.
Intervenções como essas vêm na tentativa de frear a cotação da moeda norte-americana, porque a maior oferta do dólar para o mercado ajuda a desacelerar a desvalorização do real.
HISTÓRICO DE INTERVENÇÕES
Leia como o Banco Central atuou no dólar em 2024:
- 30.ago (leilão à vista) – US$ 1,5 bilhões;
- 13.nov (2 pós-fixados) – US$ 4 bilhões;
- 12.dez (2 à vista) – US$ 4 bilhões;
- 13.dez (à vista) – US$ 845 milhões;
- 16.dez (1 à vista e 1 pós-fixado) – US$ 4,6 bilhões;
- 17.dez (2 à vista) – US$ 3,3 bilhões;
- 19.dez (2 à vista) – US$ 8 bilhões;
- 20.dez (1 à vista e 3 pós-fixados) – US$ 7 bilhões;
- 26.dez (à vista) – US$ 3 bilhões;
- 30.dez (à vista) – 1,8 bilhão.