“Não tenho alternativa para chegar ao trabalho“


Nesta quinta-feira (23) completa um mês que a auxiliar de limpeza Andrea Guimarães começou em um novo emprego. Ela estava preocupada de não conseguir chegar ao local de trabalho.

“Eu liguei para lá e expliquei a situação. Minha única alternativa de transporte seria por aplicativo. Mas a viagem está custando R$ 170. Impossível!”, concluiu.

Ela é uma das quase três milhões de pessoas que foram afetadas pela greve dos metroviários de São Paulo. Os funcionários pediam o pagamento de abono e de participação nos resultados do Metrô, além da contratação de mais pessoal.

Por outro lado, a companhia informou que tentou todas as formas de negociação, mas que o pagamento não seria possível por questões financeiras, uma vez que a arrecadação diminuiu depois da pandemia.

Durante a manhã, o metrô anunciou que as catracas das linhas atingidas seriam liberadas, com entrada gratuita, assim que 100% da categoria retornasse ao trabalho. Após o anúncio, o Sindicato dos Metroviários solicitou, em uma live nas redes sociais, que a os funcionários voltassem a seus postos.

Sem o serviço funcionando, o caos tomou conta da capital paulista. Em alternativa ao Metrô, mais ônibus foram colocados em circulação e o itinerário de algumas linhas foi estendido.

Os trens também eram uma opção. As linhas da CPTM tiveram funcionamento normal ao longo do dia.

Para quem tem carro, a prefeitura suspendeu o rodízio de placas. Mas o trânsito ficou complicado. O valor do transporte por aplicativo também subiu.

A solução para muita gente foi esperar. As estações ficaram cheias de pessoas esperando a abertura dos portões.

“Eu não tenho alternativa para chegar ao trabalho. Já estou há horas aqui esperando a abertura do Metrô. Para mim, não tem jeito”, disse Rafael Rodrigues.



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