O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta quarta-feira (18) que a elevação na taxa básica de juros (a Selic) promovida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central não causou surpresas.
A decisão foi unânime entre os membros do colegiado, com Gabriel Galípolo –ex-secretário-executivo de Haddad e indicado por Lula ao comando do BC em 2025– alinhado ao atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.
“Não me surpreendi”, disse o ministro, que ressaltou que só vai comentar o tema de maneira aprofundada após a publicação da ata do Comitê. O documento traz de forma mais detalhada os motivos que levaram à decisão do colegiado e tem publicação prevista para a próxima terça-feira (24).
Sobre a queda dos juros americanos, Haddad disse que a decisão nos Estados Unidos demorou. “Penso que veio um pouco atrasado, mas veio. Estávamos esperando para junho o corte do Banco Central americano”, disse.
“Mas penso que agora deve entrar numa trajetória de cortes e que vai ser [um movimento] duradouro”, afirmou. “Não acredito que em 2025 ou 2026 nós tenhamos surpresas, o que é ótimo para o Brasil e o mundo. Isso dá um alívio doméstico grande e nos coloca uma responsabilidade de continuar fazendo um trabalho de arrumação de casa para acolher os frutos desses ventos favoráveis”, disse.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.